quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

detalhes de uma estrada


 Eu estive caminhando sozinha por tanto tempo
Que tive a oportunidade de descobrir coisas sobre mim mesma
Mais do que descobrir a me interagir com o mundo lá fora.
Tive oportunidade de conhecer a natureza com olhar de menina
Não garotinhas frágeis, únicas e protegidas,
Nem de garotas levadas e espertas.
Apenas olhar de menina.
Com todo sentimento, carinho e apego por coisas
simples e tidas como inúteis para outros.
Eu descobri que o lado para qual as nuvens se dirigem é o lado oposto onde o sol nasce.
Descobri que minha casa está de forma diagonal com o planeta, e isso me incomoda.
Percebi que se você passar o dedo no caminho de formigas não altera em nada,
Mas se você tirar o objeto que elas tentam pegar e colocar mais perto da toca delas
Elas vão ficar perdidas e outras é que vão encontrar.
Estas são poucas das coisas que eu aprendi a observar.
Mas eu queria ter aprendido a falar.
A conseguir me comunicar, entender, ter o humor das pessoas comuns.
Eu não entendo. Não me comunico. Não tenho humor igual.
Presto atenção em detalhes que me fazer o coração tremer,
Como conversar com uma pessoa qualquer, sendo que esta esteja virada para o sol.
O sol vai iluminar o olhar da pessoa, tornando suas cores impressionantes,
Isso me tira o fôlego, mesmo que a pessoa seja a mais desagradável possível.
Não amo. Tenho a impressão de que o amor é muito pouco para o que sinto.
Ouço falar dele em qualquer esquina,
Como se fosse qualquer outro sentimento. Para mim não é.
Escrevo louca e descontroladamente.
Coisas que eu sei que muitos tem preguiça de ler.
Não me importo. Escrevo para mim. Para que eu me conheça, me mostre a mim.
Escrevo para conhecer minha própria natureza.
Saber pra que lado vão minhas nuvens, concertar o ângulo da minha casa,
saber a estrada das minhas formigas.
Para quem sabe assim, alguém possa com entender
e me fazer compreender tudo o que vejo nas pessoas comuns,
Que andam em suas estradas acompanhadas de suas naturezas estranhas.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Acordei de um sonho estranho. Daqueles em que nos confundem a realidade. Beijos, carícias, calor, pele, sede. Abro bem olhos pra tentar entender o que aconteceu, torcendo para que toda euforia e prazer não sejam sonho. Mas era. Fecho olhos, doi o peito, cama fria, chuva. Toda triste realidade que agente consegue esquecer durante algumas horas apenas fechando os olhos e adormecendo. Indo para um mundo onde todos desejos mais profundos se realizam, todos pensamentos mais escondidos e mais escandalosos se misturam, formando sentimentos e sensações sobre-reais.