segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

wicked game.



Acordei com vontade de andar um pouco. Me levantei vesti uma camiseta grande - era a camisa dele - ainda com o short de dormir e sai. Andei um pouco pelas ruas ainda pouco movimentadas. Ainda era muito cedo, o sol nem tinha nascido. Muito frio e eu me encolhia, mas continuei andando.
Passando por uma rua eu vi um lugar diferente, que eu nunca tinha visto, mas fui até la, era uma espécie de praça fechada, parecia esta abandonada a algum tempo. - Maravilha ... - resmunguei - Sentei em um dos bancos sujos, cheios de folhas, comecei a observar aquele lugar. Velhas árvores tortas que invadiam prédios velhos e muitas folhas secas, por todo lugar. Apesar de tudo eu me senti tão bem ali, que quase podia sorrir, por nada, apenas por estar ali.
Me deitei no banco, estava realmente muito frio, e a pedra gelada queimava onde tocava minha pele. As folhas se agarravam ao meu cabelo e mais outras caiam encima de mim, derrubadas pelo vento. Eu fiquei olhando aquele lugar tão lindo e tão sombrio, imaginando o que ele acharia disso.
Adormeci. Sonhei que eu estava caminhando numa praia fria, eu podia sentir o perfume dele, podia ouvir sua voz cantando uma música que eu desconheço, mas tão boa de ouvir, podia sentir seus olhos lindos me observando... Mas ele não estava em lugar algum. Eu girava meu corpo observando todos lugares possíveis, mas não via nada, ninguém estava la. Mas eu continuava andando, e me virando pra olhar para trás na esperança de encontrar ele. Tinha momentos que eu chegava a ver alguém, e andava mais rápido para ver, mas desaparecia e eu continuava meu caminho pra lugar nenhum.
Senti uma mão leve tocar meu rosto, acordei assustada, mas não havia ninguém. O sol estava nascendo e eu percebi que minhas roupas começavam a chamar atenção das poucas pessoas que passavam. Voltei para casa, tomei um banho quente vesti a camisa dele e voltei para minha cama. Agora observando o telefone, esperança tola. Mas eu tinha ao menos esperança.

sábado, 19 de dezembro de 2009

medo.


Paro um pouco para poder escrever em poucas linhas sobre o que ainda me resta. Céu acinzentado la fora, não é a bela “hora mágica”. E eu espero resposta pelo perdão que eu implorei. Eu tenho mudado tanto... jamais me imaginei pedindo perdão, e aqui estou eu, implorando, mas não tendo culpa alguma. O silêncio que antes me deixava ansiosa, agora apenas me serve para enfatizar a solidão. O barulho de crianças brincando, suas mães os chamando e o latir dos cães . Parece tudo tão distante. Estar sozinha é a última forma de que eu deveria estar agora.


A respiração descompassada. Coração acelerado. Vontade de chorar sem lágrimas. Isso se chama medo da perda. Porque o que eu tenho é medo de perder o pouco que conquistei. Eu só espero que esse medo um dia tenha fim. Porque das outras coisas eu já estou certa que tudo chegou ao fim.

domingo, 22 de novembro de 2009

acinzentadamente




Olhando o relógio, nem sei que horas são, ele já está parado a muito tempo e só agora acho que eu realmente sentí necessidade de consertar. Talvez porque só agora eu tive tempo para notar ele, mas eu acho que vou deixar assim por mais algum tempo.
Tempo...
Quanto tempo eu já estou aqui esperando eu não sei. Mas eu não me importo , eu não estou reclamando, tem certas coisas que eu aprendi a conviver com elas, a espera, o tédio, a solidão, são coisas que se aprende a conviver. E eu não me importo mais com isso.
Mas eu queria aprender a conviver com a desconfiança. Vinda de todo lugar e de toda forma, até das formas que nunca deveriam estar lá.
Penso nas vidas que cercam a minha, como será que estão todos nesse momento, será que alguém também está pensando na minha vida?
Tão escura a noite lá fora, e uma luz acesa ilumina a minha árvore amarela.
Amanhã começa minha vida monótona de novo, adeus relógio parado, adeus árvore amarela, é tão impressionante como isso que chamamos de viver nos faz deixar de ver a vida. Quando eu era criança eu costumava brincar a tarde toda, notando cada mudança de tempo, cada objeto mudado de lugar, cada cor de borboleta nova no jardim. Meio-dia eu ia olhar a flor-do-meio dia, quando ela estava aberta eu ficava conversando como se ela fosse uma amiga. A planta que dava a flor-do-meio-dia morreu, e eu não ví, a vida não me deixou ver. E o tempo eu olho na meteorologia, os objetos eu mesma mudo de lugar (e nunca sei onde estão) e as borboletas desapareceram por causa da poluição.
E minha vida, (que para muitos era solitaria) mas que eu amava tanto, ficou cinza, cheia de gente, que pisotearam tudo e tudo ficou desbotado.
E agora eu estou olhando pra uma tela, com palavras tristes, ouço sons tristes e eu estou esperando o que eu sei que não vai chegar, depois eu vou, tomo um banho, durmo, acordo para um dia movimentadamente acinzentado. Cheio de brigas, desconfianças, medos, esperas, risos ... risos tão acinzentados que eu tenho vergonha de rir. E todos dizendo que isso é o bom da vida.
Eu preferia viver minha solidão graciosamente doce e bonita.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tardes laranjas





Mesmo depois de dias aquela sensação continua. Acho que não melhorará até que você volte. Afinal problemas não se resolvem com distrações. Distrações que inexistem, pois ficar trancada em casa ouvindo música é uma péssima forma de distração, todas elas só me mostram mais a solidão. Ok, sendo sincera me distraio sim. Em dias onde chove o dia todo e no final da tarde a chuva para, para dar lugar a tardes laranja. Onde saio da minha toca pra tirar fotos, mas é engraçado que a câmera não captura essas coisas laranjas de fim de tarde que tanto atrai meus olhos. Algum problema comigo ou com a câmera? Não importa. A distração passa e os pensamentos dão lugar novamente aquela sensação, inexplicável sensação. Que tal um livro... talvez? Os livros novos já se acabaram, começo a ler o segundo de uma coleção novamente, o que me fez chorar mais, sei que me torturar não vai melhorar nada, mas posso viver minha solidão não posso?! Posso? A chuva voltou. Junto com ela mais lembranças de sonhos não realizados. O que busco para mim é ser altruísta, acho que estou chegando lá, nunca me sentí maior que os outros e quando isso começa a acontecer eu sempre caio de cara ao chão. Então tenho você para me dedicar, somente isso me deixa feliz. Até que você desaparece, fico sozinha. E então, não resta mais nada.
-Merda. - Ensopada por causa da chuva, acho que acabei de perder a câmera e o melhor livro. - Merda, merda, merda...
Ao correr para sair da chuva tropeço em alguma coisa tudo cai das minhas mãos. - Merda , merda, merda, merda...- O livro cai longe aberto, na pagina eu leio :


- Eu prometo que esta será a última vez que você irá me ver. Eu não vou voltar. Eu não vou te envolver em nada assim novamente. Você pode seguir sua vida sem mais nenhuma interferência da minha parte. Será como se eu nem existisse.


Uma lágrima se mistura a chuva.

- Merda... esqueça isso.

domingo, 20 de setembro de 2009

sociedade




As mãos do pai estavam marcadas com sujeira, dos dias passados, percorrendo a estrada, bêbado e sujo. Em quanto isso, em ruas do norte estava a mãe, de dia servindo bebidas em um bar e de noite se servindo. Enquanto isso a única coisa que eu pude ver foi aquele pequeno sorriso, e os grandes olhos de medo. Todas as noite aquela criança se trancava em casa enquanto a mãe estava nas ruas, e quando a mãe retornava eram mais lágrimas de dor. E eu me pergunto do que essa gente reclama?
Um homem solitário caminhava na rua, e observando pude ver que ele chorava, -pobre maluco está aqui todos os dias.- me disse uma senhora. E eu pude ouví-lo falando sozinho. Ele dizia: -Porque você teve que ir embora? Você teve que ir embora. Mas eu sei que você tentou se despedir meu amor. Eu me mantenho aqui pela minha promessa, que porra de Deus que me tirou tudo que eu amava, porque não posso encontrar você amor? - E assim ele adormecia todos os dias no banco da praça em frente ao bar, visto como um pobre louco. E porque tanta gente acha que sabe que é sofrer?
Um homem aprendeu violino nos tempos de menino, perdeu tudo, passou a toca-lo na rua para ganhar algum dinheiro, mas ninguém que passava pode ter um momento para ouví-lo, todos apressados, todos atrasados, todos cansados e triste. (Que tristeza?) Me permití um momento para ouví-lo e descobri uma musica encantadora em um violino velho. Eu não tinha dinheiro, em troca ouví uma palavra de carinho, e uma bênção, palavras belas para quem sabe ouvir, que iluminaram meu dia. E eu me pergunto, o que é que ilumina o dia dos passantes?
Uma garota entrou num ônibus indo para escola, sem dinheiro para passagem um homem lhe retirou do ônibus, dizendo fazer a lei. E espancou a garota com o cassetete ali mesmo na frente de todos, todos vendo os gritos de dor, uns achando certo, outros nem olhavam, senhoras dizendo pobre mocinha. O ônibus passou deixando a garota tentando se levantar. E eu me pergunto, para que serviu isso ?
Então sociedade meu maior medo é fazer parte de você.

domingo, 19 de julho de 2009

chuva no oceano





As luzes continuavam passando rápido pelas laterais dos meus olhos. Era a única coisa que eu sentia naquela velocidade e na escuridão. Eu não reparava em nada, nem mesmo na velocidade, eu só queria estar ali, correndo escuridão a dentro. Solidão nunca me cortou antes, e não ia ser agora que eu ia deixar me machucar. Quando eu fixei meus olhos em alguma coisa finalmente, não era nada inesperado, nada que eu não quisesse, nem nada que me fizesse sentir melhor, apenas pequenas luzes brilhantes na estrada à minha frente. Chuva novamente. Era impressionante a forma como ela me acompanhou esses dias. Em certas horas eu penso ser como as nuvens da chuva, andando sem uma direção ou lugar especifico para chegar. Apenas empurrado por uma nova corrente vinda de algum lugar. Uma corrente que machucava e arrancava um pouco de mim, aos poucos. Mas eu não queria pensar nisso. Só queria ir pra longe, até não ter mais pra onde ir, até não conhecer mais os caminhos de volta. Até...

“Eu me sinto olhando para um oceano, que eu teria de nadar borda até borda até que eu pudesse descansar de novo.” Li isso em algum livro que comprei em qualquer livraria em qualquer cidade (nomes definitivamente não são coisas que minha cabeça registram), e a frase ficou martelando em minha mente, mas há uma diferença, eu não vejo lugar para descansar no final. Talvez vida real seja o que eu mais evito. O que eu mais queria é que houvesse um final para descansar.

Com a pouca luz vindo do céu eu procurei adivinhar um horário, mas nuvens negras não dão muita noção de tempo. Mas definitivamente não importava, senti minhas pálpebras pesando e a visão aos poucos ficando pior, meu corpo implorava por descanso. Estacionei em um campo aberto, sem a menor noção de lugar, e isso também não importa. Agora nada mais importa. Agora não existe. Não tem mais nada pra importar. Não tem mais lugar pra voltar. Não tem mais ninguém para quem voltar. Eu alcancei o meio. Já posso me afogar.

sábado, 27 de junho de 2009

everything that makes sense





Acordou novamente uma manhã de chuva. Olhos inchados, machucavam com a luz. Luz que outrora confortava com carinho e calor. Agora não mais. Não mais calor, não mais conforto, não mais vida, não mais paz.
Dormir agora voltou a ser fuga, fugir da realidade cortante. Mas os pesadelos ainda não cessaram. Sentimentos escondidos novamente, reaprender a sofrer de boca fechada.
As plantas lá foram já não a reconhecem mais.
Ser forte não é não sofrer. Aprender com sofrimento não é ser alegre. Ficar calado não é consentir/não sentir. Ser frio não é não chorar compulsivamente.
Todo dia ela implora a uma força qualquer, para que um dia ela possa respirar novamente. Ela procura uma saída, e cada vez mais encontra solidão. Ela não quer amigos de momentos, ela quer alguém que viva por ela. Ela esta magoada, mas nunca você vai ouvi-la dizer.
O café esfriou e ninguém veio. A cama abriga um mar de lágrimas. E ela continuará chorando todos os dias. Ninguém ensinou ela a viver sem...
A porta da frente se fecha mais uma vez, mais um dia, de sol por fora. Dentro só a chuva. Ela já não consegue mais esconder.
Ele havia lhe falado algo sobre mudar, mas ela não quer mudar sozinha. Então ela continua esperando por ele, ela esperará eternamente.

domingo, 14 de junho de 2009

Engolido





A vida das pessoas é muito simples para os outros julgarem
Mas apenas quando se vive um sentimento é que você sabe a verdade
é só assim que sabemos que quantas coisas nos são ditas apenas para o mal
Mas as pessoas continuam lá, simplesmente se intrometendo
E com sorriso nos lábios você será capaz de sentir toda dor do mundo
e continuar com dentes cerrados, em um sorriso vazio.
Talvez se as pessoas apenas cuidassem de suas vidas talvez eu ainda viveria
Mesmo todos os dias me quebrando em minúsculos pedaços
eu prossigo amando com cada um deles.
Eu já perdi a muito tempo o controle de minhas emoções
e ninguém foi capaz até hoje de simplesmente compreender isso.
Eu sinto muito por ter entrado na vida de todos que me cercam
eu sinto muito por não corresponder expectativas
eu sinto muito por não ser a perfeição que esperam de mim
Eu aprendi a viver de uma maneira muito diferente
Eu aprendi que por mais que eu busque o paraíso eu não alcançarei
Eu tenho raízes fincadas no chão
A vida se passa em frente aos meus olhos e eu não consigo agarrar,
mas não é por não querer, eu juro que não,
eu sou fraca demais para estender meu braço sozinha.
A dor no peito e nos braços continua me cortando com uma navalha enferrujada
Eu só queria que você compreendesse, eu só queria compreender,
porque eu não consigo continuar.
Eu não quero muito, eu não quero o que você tem pra dar
Eu só queria respirar... só queria respirar um pouco... só um pouco... respirar um pouco de você.


Ouvindo: Bush - Swallowed

quinta-feira, 4 de junho de 2009

dor





Primeiro ela caminhava em uma estrada. De um lado uma entrada para uma floresta escura. E lá foi na ela na sua trilha imaginaria. A escuridão causada pela pouca luz que entrava das centenárias e enormes árvores impedia saber exatamente a hora. De repente ela vê uma retangular caixa amarela, da altura do seu joelho. Sentado encima da caixa estava o homem com quem ela passou os dias na cabeça e nas lágrimas. Sem pensar corre e o abraça. Ele a abraça forte, ela ouve sua respiração seu calor, cheiro. Ele a afasta de seu corpo. Ela para com os braços flexionados com a mão em direção ao próprio rosto, olhando incrédula para ele, sentido apenas as lágrimas que teimavam em cair quente em suas bochechas. Então ela se impulsiona mais uma vez em direção ao amor, mas a floresta começa a afastá-lo dela, mesmo que ela corra em direção a ele de nada adianta, já que o chão se move agora, como se a terra debaixo dela levasse ela sempre pra mais longe dele. Ela ainda podia o ver, mas ele simplesmente a olhava, ainda sentado, sem se mover. E cada vez mais alto ela gritava agora, mais ela corria em direção a ele, mais longe dele a floresta levava ela. E então ela tropeça e cai, chorando, gritando, sem enxergar o que prende seu pé por causa das lágrimas. Então ela esta de joelhos no escuro da floresta fechada e não pode mais ver ele.
Ela acorda, chorando ainda em sua cama. Cobre o rosto para abafar o choro compulsivo. Levanta. Tenta apenas viver com a dor, todos os dias a mesma dor, todo dia a mesma maldita dor, como alguém enfiando uma faca nos seus pulsos e rasgando fundo, até o coração. Dor que muitas vezes a fez dormir em uma bola, sufocando no travesseiro, tentando apenas não pensar.
Ele agora pergunta se ela esta triste.
E ela responde, apenas para vê-lo bem:
- Não, não se preocupe.

domingo, 10 de maio de 2009

Errei

Quando chegou a hora de eu mostrar que realmente confiava eu errei.
Talvez eu tenha perdido a ÚNICA pessoa que realmente me ajudou
Existem milhões de outras que pensam que me ajudaram, mas só atrapalharam, e esses eu deixo para trás
Mas por um incrível erro humano, eu fiz a maior besteira da minha vida
Perdí meu amor por acreditar mais nos outros e menos nele
Ele que sempre esteve lá para me ajudar
Ele que sempre esteve la pra me proteger
Ele que sempre me fez sorrir, não importa o quanto doia meu coração
E eu simplesmente não acreditei nele
Me arrependo tanto, que a vontade é enfiar uma faca no olho
Agora estou parada no meio de uma estrada
Sem saber que caminho seguir
Sei que não vou desistir, agora eu vejo o que realmente é amor
E é por isso que eu vou lutar
Quero pelo menos sua amizade
Quero ter o direito de lembrar dos bons momentos
Se eu não conseguir não quero mais nada daqui pra frente


p.s.:Meu amor, eu te amo, sempre vou amar!!!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

maré





Eu fico bem qando estou me machucando,
de outro jeito nao tem graça
Aprendi a chorar sem fazer som,
chorar sem demonstrar sentimentos
E meu coração por muito anos foi uma pedra
Mas as chuvas torrenciais tornaram tudo areia, pó e cimento
Chuvas vermelhas
Pirrófitas do céu
Maré de peixes mortos
Agarram em meus cabelos e me arrancam do chão
Como eu queria voltar pro começo,
queira que tudo fosse pra sempre dourado
Eu procuro dentro a resposta
Mas nao há verdade, não a salvação
Então caminho em frente
Em direçao a luz a dor nao é tão intença
E eu procuro a pele
Sentir um pouco do céu no azul
Mas nada volta a ser oque era antes,
ainda bem que não, infelismente não.
Depende do momento, a vida não é feita de desejo
Escolhas não são eternas
Todo sentimento deseja ser pra sempre
Mas escapa de nossas mãos
Então eu me afogo em mais uma maré de mim mesma
Mais uma linha e não é oque eu procurava
É o novo começo do fim

segunda-feira, 13 de abril de 2009

.perfil [?!]




Sou super idealista e tenho grandes sonhos, mas tenho dificuldade em me adaptar na pratica às situações imperfeitas do mundo. Por isso, um dos meus ponto fracos é a perda de fé na vida. Que acontece quando eu tento oferecer meu melhor as pessoas e não sou compreendida. Eu tenho imensa necessidade de provar meu valor através da doação, talvez por isso me faço possível para ajudar os outros. Tenho um jeito místico, um olhar profundo e uma forma generosa de agir. Muitas vezes prefiro ficar observando e analisando as pessoas, ao invés de me expor. Posso ter cara de boazinha e despretenciosa, mas escondo uma forte ambição.
Sou romântica e até um pouco ingênua. Busco o amor de alma, em que duas pessoas ligam-se espiritualmente. Mas mesmo assim eu sou confusa e não tenho clareza do que quero. Apesar disso, eu me esforço muito por uma relação, mas quando sou magoada, algo dentro de mim se rompe isso parece definitivo. Sou carente e espero muito das pessoas. Mantenho comportamentos em segredo e dificuldade em assumir meus erros. Tenho uma forte mania de ser cuidadosa e maternal, e muitas vezes, me desvalorizo e chego a extremos nada saudáveis.
Sou critica com todos e comigo mesma, e muitas vezes, me esforço pra agradar quem não merece. Por isso me machuco muito com falta de tato de muitas pessoas. Gosto de me manter em segredo e saber bem de mim, mas na verdade não sei nada.
Gosto de musicas, chocolate melado e gatos. E fim.

terça-feira, 24 de março de 2009

ultima dose




Toda distancia entre nos para mim são milhões de anos luz
E eu estou aqui brilhando por você
Porque talvez um dia você veja minha luz
É como dar partida a batalhas de uma guerra onde você sabe que não será vencida
Quando você acha todas as respostas para todas as perguntas
você se lembra que esqueceu de vivenciar as perguntas
Então bem vindo ao fim do mundo
Saboreie cada gota de sua vida, ela será a última dose

segunda-feira, 16 de março de 2009

sozinha.



Não me abandone, eu não sei viver sozinha
Porque cada esquina q eu olho
só vejo sofrimento e dor
A vida não foi “legal” comigo, não quer dizer q não será com você
Apenas uns nascem com a sorte dos outros

Eu escolhi ser sozinha
Não porque achei que era melhor pra mim
cada um luta com as armas que tem
sou guerreiro fraco, ferido e sem amor próprio
E você já deve imaginar meu fim
Fim...
Quem é capaz de saber o fim?
A vida é estranha
Quanto mais eu vivo mais tenho medo

Mas tenho razões para mentir
Eu não gosto de mentir
Os erros são meus, mesmo que eu diga que não
Eu não vou agora,
apenas parei pra pensar um pouco, sozinha...
Não faça isso, não vale a pena

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

. clarisse - legião urbana



Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe pra mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar pra casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
E que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem 14 anos...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


Estive andando muito. Melhor... Minha cabeça andou muito e meu corpo continuou estagnado no meu sedentarismo. Andei olhando algumas pessoas e a mim, e tenho uma nota importante a guardar, a psicose talvez seja uma coisa realmente interessante. É uma sensação de libertação que domina a alma(olha eu falando merda). E depois você poderá agir como uma pessoa comum, dócil e até... frágil. Não cabe arrependimento. É apenas diversão total informal e sem culpa. Não existirão mentiras em seu mundo. Quando a inteligência acompanha você ainda pode se tornar um maluco famoso.(risos) Vai ganhar passe livre, não vai poder ser preso, mas vai se tratar, onde você tomará remédios e dormirá (ou não). De qualquer forma o único lado ruim é que ... ainda não vi um lado ruim, mas tudo tem seu lado ruim ok? Então crianças não repitam em casa o que eu digo.

Ah! Eu descobri que sirvo pra alguma coisa: Mal Exemplo!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

aberração.


Depois de algum tempo não sabemos diferenciar tristeza de rotina.
Quando a dor toma conta de cada canto não há uma forma de escapar
Então você se acostuma...
Se acostuma a não sorrir,
se acostuma a não brincar,
se acostuma a não ser mais dourado...

Aprende-se que o sarcasmo e o egoísmo é apenas uma diversão do mundo
uma forma de sobreviver

Depois que a tristeza vem e fica, o mundo colorido não tem mais graça
a pureza parece ser feita para ser rompida
E dentro de cada buraco negro da nossa mente cabe um universo de malícias e atos impuros

Cada universo cabe planetas e estrelas cheias de maldades comuns
Tão comuns como matar e se cobrir com os corpos para pode sobreviver
Isso é viver , se cobrir com os destroços

Mas depois de um tempo eu aprendi que brincar com as pessoas não vale a pena
Que algumas delas se tornam especiais apenas por estarem presentes
Enquanto as que realmente são especiais, são as menos presentes
São aquelas que quando estão bem na sua frente
Você nem consegue olhar nos olhos,
como um anjo
Que parece flutuar como pluma em um mundo perfeito
Eu queria ser especial
Você é especial pra caralho...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

.eu sou fechado, mas posso me abrir...



Eu não estou bem
Eu estou sozinha
E quando estamos sozinhos a loucura vem nos atormentar
A vida não é justa
As coisas não são como nos filmes
Concertar erros e desmentir mentiras não fazem você mais feliz
Talvez o melhor seria não erra e não mentir
Mas existe ser humano capaz disso?

Queria que o que dizem sobre mim fosse verdade
Eu me sinto tão falsa e frágil
Mas quando descobrem seu erro não ligam para o que você sente
O fato é que errou e você tem que ser desmascarado
Como se todos fossem perfeitos, logo, não-humanos

A música diz:
“Eu não estou vivendo o que foi prometido
Eu sou fechado mas posso me abrir”
Parecem verdades sobre mim
O fato é que todos vivemos coisas muito parecidas
Mas todos se acham especiais demais para olhar pelo outro
Mas os que olham pelos outros não vivem.

Eu não posso viver pelos que precisam de mim
Eu preciso de algumas pessoas
Mas eu sou tão “fora” do meu lugar que estas não sabem me entender
Não sabem me ajudar
Simplesmente porque eu não me deixo ser ajudada
A vida é estranha e errada
Eu nunca aprendi a ser feliz. Mas eu não desisto.
Ou desisto?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

.errada novamente

Estou tentando me manter em pé
Muitas lágrimas foram derramadas
Muitas palavras foram ditas
Mas só eu sei o quanto me custa fingir que passou
Apenas para não vê-lo sofrer mais

Eu não confio mais em amigos
Eu não preciso tanto deles quanto eu pensava
Quando eu me sinto desamparada e sozinha
Nunca foi realmente pra eles que eu corri
E eu vejo que nunca fizeram questão de ser presentes

Minha vida eu nunca viví
Sempre soube que eu vejo tudo pelo lado de fora
Como se uma muralha de vidro me separasse da realidade
E eu continuo a viver
Esperando encontrar uma fresta para quem sabe eu poder entrar na minha vida

Descobri que pior que sofre por amor
é ver que você faz quem te ama sofrer
Sei que ele morreria por mim e eu faria o mesmo
Mas a questão não é viver ou morrer
Eu não vivo como deveria

O sentimento que me domina é o medo
Medo de muita coisa, medo de viver
Medo de enfrentar o perigo e as coisas não sairem perfeitas
Tenho medo de enfrentar
Sou covarde e sim me envergonho disso

Eu não sou uma mentirosa
Eu só gostaria as vezes, de não ser eu
Porque é tão difícil ser o que você detesta
Algumas vezes eu choro sozinha
Mas não chore por mim, eu não mereço

Eu largaria tudo por ele,
mas tenho medo de não gostar de como eu sou
Eu me dei um prazo
E não irei falhar
Eu não posso falhar novamente

Por favor

Tudo que eu busco é alguém que me ame
Sem pedir perfeições de mim
Eu ainda não sei viver, mas ninguém sabe
Meu coração é como uma chama quente
E ele queima e vira cinzas
apenas por você

Por favor, alguém diga isso a ele, eu também não aprendi a amar

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

.dormimos debaixo do mesmo céu





Aqui estou eu novamente
A quilômetros de distância de você
Mas nenhuma distância pode nos separar
Quando dormimos debaixo do mesmo céu
Não há o que se temer
Lembranças do que nunca houve vem e vão
Minha cabeça dói como uma bomba
A dor em meu peito me levará de volta para você
Eu sinto sua falta
Eu ouço seu sorriso
Uma lágrima é derrubada
Nada foi uma mentira
Eu não vou deixar que nada se vá
Eu posso ver você em mim
Quando eu fecho meus olhos
Eu posso sentir você em mim
Então permanecerei de olhos fechados
E estarei junto de você todos em momentos
Tudo que eu sou começa com você
Esperanças e pensamentos permanecem em mim
Você sempre estará aqui
A quilômetros de distância, e você está comigo
Quando dormimos debaixo do mesmo céu