quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

eu não sei viver sem paz...



Bom, eu sou mais uma insatisfeita por aqui. Eu ainda acredito no bom e velho amor pra concertar as coisas que não tem geito. Eu sei que não temos salvação, mas enquanto eu sonho, eu estou de olhos fechados para o que me deixa louca por não entender o porquê.

Mas eu não apenas sonho. Tenho 16 anos e realmente acredito em muito valores que hoje eu não vejo. Prefiro nem falar sobre isso, se não as pessoas não entenderiam mesmo. Mas o que quero falar é que muitas pessoas se julgam “almas boas” e não sai disso. Muitas “pessoas boas” são incapazes de olhar para o lado e notar a tristeza de um colega. Muitas dessas pessoas são incapazes de amar e ver no horizonte um mundo imenso e cheio de defeitos, necessidades, carências.

Eu vejo pessoas colocando fotos de crianças que vivem em situação de fome, e muito outros erros na humanidade, com frases “Ctrl+c + Ctrl+v”, mas são incapazes de olhar para um morador de rua, um como uma pessoa.

Estive pensando em fazer a minha parte, conversei com algumas pessoas, poxa, como é fácil ajudar. Existem esses hospitais que cuidam de pessoas com câncer, pretendo ir em um. Existem milhões de crianças e adultos que precisam de um pouco de carinho e atenção. Imagine que você pode apenas ler uma história nova para essas pessoas, imagine que você pode fazê-las sorrir, e que assim a barra não fica tão pesada. É maravilhoso poder ajudar, e são tantas formas, dinheiro não é a única necessidade do mundo.

E ajudando se aprende tanto. Não precisamos que os outros tenham conhecimento de que fazemos para ajudar, mas o importante é fazer alguma coisa, não ficar só revoltado em frente a uma tv com o noticiário. Não adianta se revoltar contra sua vida, não adianta querer morrer, dê um motivo pra você viver! Primeiro que morte nunca é certeza de que não haverá um amanhã. E depois que a humanidade não é feita por cada um cuidando de si.

Então não custa olhar para o lado, pode-se ajudar até mesmo aquela pessoa que você nunca repara. Repare nos outros, e você terá uma oportunidade de realmente ser um “alma boa”. Não custa. E isso é apenas distribuir um pouco de amor sincero pelo mundo imundo. E pra isso não é necessário nenhuma época especial, nenhuma pessoa especial, nem mesmo dinheiro, apenas você e a vontade de ser alguém para si mesmo.



Eu amo minha bagunça
Minhas roupas jogadas no chão junto a sua cadeira
Eu não procuro te irritar, mas eu não sou como elas
Eu detesto o sol, amo o calor e a luz que emanam de você
Você me disse que nós não precisamos de tv
Eu rí e seus olhos se iluminaram
Porque tudo só faz sentido quando você está
Quando toco pra você, você não pode ouvir
Mas eu te deixo maluco
A chuva sempre chega ao fim de tarde amor
Nos avisando que é nosso momento de sair
As ruas ficam tão vazias quando há chuva
E nós amamos isso
Tanto quanto eu amo suas mão em mim
Mentiras fazem parte de fantasias
E eu sinto suas mãos me segurando forte
Você me deixa maluca
Mas é assim mesmo que eu sempre fui
Só faltava você para me completar
Quando agente se ama, descabelada, a chuva faz sentido
E o fim nunca é um novo começo
Pois pra mim o que começa nunca tem fim

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Fim-de-tarde




É um fim-de-tarde cinzento e quente, o sol já se pôs.
Um dia ruim. Não pela chuva fina, não, o tempo não tem culpa de nada.
Um dia ruim, apenas. Daqueles que quando chegam na metade agente pensa que deveria ter ficado dormindo.
Perdoem meus erros nessa escrita, não sou uma escritora. Nem pretendo ser.
Eu só quero escrever um pouco, o que for saindo é isso aí.
Mas não consigo fingir de garota doce, então perdoe também se sair algum palavrão.
Essa tarde fui andar um pouco sozinha, é um costume.
Andar sozinha pela praça, é uma coisa que amo fazer, mais que fotografar.
Não estava com minha câmera, mas voltei lá outro dia só para tirar essa foto que está ai.
Foi me deitando na calçada que a aconsegui.
Claro com pessoas olhando, folhas e formigas em minha roupa e meu cabelo ficando uma bagunça.
Mas como é bom olhar para o céu por entre as copas das árvores.
Ainda caia uma chuva fina, não estava exatamente na praça, importa que era a visão mais confortante dos últimos dias.
Tenho muitas recordações deste lugar, algumas boas e algumas que queria esquecer.
Mas ainda é um lugar gostoso e confortante.
Exatamente, deitar no chão da rua perto de uma praça tranqüila é maravilhoso.
É engraçado como agente só descobre o verdadeiro prazer nas coisas pequenas,
pode ser que isso só aconteça comigo, mas eu não ligo.
Eu não vejo graça em festas animadas, gente maluca, bebida, cigarros, carros, suor, etc, etc, etc.
Sim, já vi graça nessas coisas, mas dura tão pouco, logo no outro dia de manhã fica um vazio que nada preenche.
As coisas pequenas não, elas estão lá, basta você procurar dentro de você.
Coisas pequenas tornam o dia ruim, em maravilha.
Eu procuro as coisas pequenas e me encontro.
Minha tranqüilidade está lá, longe de onde vocês possam ver.
Pois eu só sou eu, quando estou dentro de mim.