terça-feira, 30 de setembro de 2008

no final mais uma vez.



Pois é
Por um dia eu voltei a sentir aquela vontade suicida de estar morta como a poucos anos atrás
Mas nem tentei nada como antes
Talvez porque agora eu tenha motivos pra continuar essa merda de vida
e também eu sofro com a conseqüência de alguns atos até hoje
A alguns anos minha sorte foi não ter armas em casa
E achar que morrer sem sofrer eu não merecia
A dor física nunca foi grande coisa pra mim
Não tente achar motivos pelos quais eu fazia isso
Não sou uma idiota rebelde sem causa
Nem contarei coisas que não conto nem para mim pois fico maluca
Mas os falsos amigos continuam me julgando sem saber um terço da minha vida
Mas foda-se eles
O pior de tudo é o sentimento de solidão
Andar na rua de cabeça baixa pra esconder os olhos vermelhos e evitar as pessoas com pena
A vida deveria vir com manual de instrução
Ou no mínimo uma bússola para quando houver dúvidas
Pois é, a depressão é um pé no saco que volta e meia me atormenta
E que tento esconder, mas é inevitável
Viver não é pra mim

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

miss Alice misery.




Me sinto bem aqui.
É como se foste meu ninho, quente e seguro.

Alice me disse uma vez que se desejamos muito, com as luzes apagadas os desejos se realizam.

E cá estou eu. No meu ninho quente, escuro e pensando em Alice. Pois Alice me colocou em seus braços.
Eles me aquecem e protegem.

Te amo mais que o amor pode amar.
E assim não sinto o morrer dos dias.
Sua respiração me arrepia a nuca.
Tuas mãos me tocam suave.
Nada se vê, tudo se sente.

Maldita sois vós Alice! Não me deixaste ver!
E bendita sois vós por me fazer senti-lo.

Alice senhorita miséria.
Me trouxeste meu amor, mas não por inteiro.
Me trouxeste a vida, de um limitado.

Alice miséria, todos deviam ter um pouco de ti.

Agora vou dormir Alice, meu sonho acaba junto a luz da manhã.
E não falta muito.