quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

eu não sei viver sem paz...



Bom, eu sou mais uma insatisfeita por aqui. Eu ainda acredito no bom e velho amor pra concertar as coisas que não tem geito. Eu sei que não temos salvação, mas enquanto eu sonho, eu estou de olhos fechados para o que me deixa louca por não entender o porquê.

Mas eu não apenas sonho. Tenho 16 anos e realmente acredito em muito valores que hoje eu não vejo. Prefiro nem falar sobre isso, se não as pessoas não entenderiam mesmo. Mas o que quero falar é que muitas pessoas se julgam “almas boas” e não sai disso. Muitas “pessoas boas” são incapazes de olhar para o lado e notar a tristeza de um colega. Muitas dessas pessoas são incapazes de amar e ver no horizonte um mundo imenso e cheio de defeitos, necessidades, carências.

Eu vejo pessoas colocando fotos de crianças que vivem em situação de fome, e muito outros erros na humanidade, com frases “Ctrl+c + Ctrl+v”, mas são incapazes de olhar para um morador de rua, um como uma pessoa.

Estive pensando em fazer a minha parte, conversei com algumas pessoas, poxa, como é fácil ajudar. Existem esses hospitais que cuidam de pessoas com câncer, pretendo ir em um. Existem milhões de crianças e adultos que precisam de um pouco de carinho e atenção. Imagine que você pode apenas ler uma história nova para essas pessoas, imagine que você pode fazê-las sorrir, e que assim a barra não fica tão pesada. É maravilhoso poder ajudar, e são tantas formas, dinheiro não é a única necessidade do mundo.

E ajudando se aprende tanto. Não precisamos que os outros tenham conhecimento de que fazemos para ajudar, mas o importante é fazer alguma coisa, não ficar só revoltado em frente a uma tv com o noticiário. Não adianta se revoltar contra sua vida, não adianta querer morrer, dê um motivo pra você viver! Primeiro que morte nunca é certeza de que não haverá um amanhã. E depois que a humanidade não é feita por cada um cuidando de si.

Então não custa olhar para o lado, pode-se ajudar até mesmo aquela pessoa que você nunca repara. Repare nos outros, e você terá uma oportunidade de realmente ser um “alma boa”. Não custa. E isso é apenas distribuir um pouco de amor sincero pelo mundo imundo. E pra isso não é necessário nenhuma época especial, nenhuma pessoa especial, nem mesmo dinheiro, apenas você e a vontade de ser alguém para si mesmo.



Eu amo minha bagunça
Minhas roupas jogadas no chão junto a sua cadeira
Eu não procuro te irritar, mas eu não sou como elas
Eu detesto o sol, amo o calor e a luz que emanam de você
Você me disse que nós não precisamos de tv
Eu rí e seus olhos se iluminaram
Porque tudo só faz sentido quando você está
Quando toco pra você, você não pode ouvir
Mas eu te deixo maluco
A chuva sempre chega ao fim de tarde amor
Nos avisando que é nosso momento de sair
As ruas ficam tão vazias quando há chuva
E nós amamos isso
Tanto quanto eu amo suas mão em mim
Mentiras fazem parte de fantasias
E eu sinto suas mãos me segurando forte
Você me deixa maluca
Mas é assim mesmo que eu sempre fui
Só faltava você para me completar
Quando agente se ama, descabelada, a chuva faz sentido
E o fim nunca é um novo começo
Pois pra mim o que começa nunca tem fim

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Fim-de-tarde




É um fim-de-tarde cinzento e quente, o sol já se pôs.
Um dia ruim. Não pela chuva fina, não, o tempo não tem culpa de nada.
Um dia ruim, apenas. Daqueles que quando chegam na metade agente pensa que deveria ter ficado dormindo.
Perdoem meus erros nessa escrita, não sou uma escritora. Nem pretendo ser.
Eu só quero escrever um pouco, o que for saindo é isso aí.
Mas não consigo fingir de garota doce, então perdoe também se sair algum palavrão.
Essa tarde fui andar um pouco sozinha, é um costume.
Andar sozinha pela praça, é uma coisa que amo fazer, mais que fotografar.
Não estava com minha câmera, mas voltei lá outro dia só para tirar essa foto que está ai.
Foi me deitando na calçada que a aconsegui.
Claro com pessoas olhando, folhas e formigas em minha roupa e meu cabelo ficando uma bagunça.
Mas como é bom olhar para o céu por entre as copas das árvores.
Ainda caia uma chuva fina, não estava exatamente na praça, importa que era a visão mais confortante dos últimos dias.
Tenho muitas recordações deste lugar, algumas boas e algumas que queria esquecer.
Mas ainda é um lugar gostoso e confortante.
Exatamente, deitar no chão da rua perto de uma praça tranqüila é maravilhoso.
É engraçado como agente só descobre o verdadeiro prazer nas coisas pequenas,
pode ser que isso só aconteça comigo, mas eu não ligo.
Eu não vejo graça em festas animadas, gente maluca, bebida, cigarros, carros, suor, etc, etc, etc.
Sim, já vi graça nessas coisas, mas dura tão pouco, logo no outro dia de manhã fica um vazio que nada preenche.
As coisas pequenas não, elas estão lá, basta você procurar dentro de você.
Coisas pequenas tornam o dia ruim, em maravilha.
Eu procuro as coisas pequenas e me encontro.
Minha tranqüilidade está lá, longe de onde vocês possam ver.
Pois eu só sou eu, quando estou dentro de mim.

sábado, 22 de novembro de 2008

uma carta.



Meu amor por ti é um sentimento vivo
Um sentimento que tem vida própria
e cresce a cada dia mais

Meu amor por ti não me cabe no peito
Por isso eu chego minha cara na janela e grito ao mundo
Meu amor eu faço tudo pra te ver feliz

Muitas vezes esse sentimento nós tentamos conter
Há, meu amor, como somos tolos
Não tem como controlar os sentimentos
O amor é louco. Tão ou mais louco que nós, reles amantes.

A cada segundo que meu peito dói de amor por ti
Eu tenho maior a certeza que sou sua, sempre serei

Meu amor, o infinito do universo é minúsculo
Cabe na palma de minha mão
Mas esse meu sentimento não cabe em nada
Tem a forma de suas mãos quando me tocam
Esse amor tem o gosto do nosso beijo
Esse amor tem a aparência não de um desejo,
mas de um sonho, ainda não foi vivido,
que nos faz acordar com vontade de que se torne real.

Meu amor eu te amo em cada palavra que diz
Meu amor eu te amo em todos os segundos que te espero
e quando tu dizes que eu te faço bem, quando os problemas te afobam
Meu amor eu só existo para te fazer feliz

Eu erro, tenho vergonha, eu escondo meus segredos
Mas amor, em nenhuma parte de minha personalidade
eu deixo de ser completamente sua

Espero que perdoe minhas falhas
Espero que perdoe a distância
Espero que eu me perdoe
Mas eu nunca tive a intenção de magoá-lo

Eu te amo com o maior amor do mundo
Eu sabia, sempre soube que não seria fácil
No começo eu sequer pude acreditar
Como eu quis que não nos apaixonassemos
Mas é tão tarde
Tu já és tão completo em mim

Há, meu amor, eu não posso desistir de ti.
__________________________________________Daquela que será sempre sua.
________________________________________________Para ti, meu doce anjo.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Descanse em paz minha criança!




Eu estive grávida
Mas minha criança foi arrancada de meu útero
Jogada no meio da rua
Arrancaram minha criança de meus seios
E as estrelas de minha pele
Estou sangrando, da minha boca soam sofrimentos
E ninguém pra me segurar
Mas os dias continuam passando
As horas jorrando com minhas lágrimas
E o homem continua lá
Me olhando com olhos de pena, homem mal
Homem que levou minha criança
E que transforma meu céu num puteiro
Estou drogada de tanto chorar
Enquanto minha criança descansa em paz
Está livre da maldade dos fieis
Cordeiros filhos da puta
Se deus está por nós, os pecados continuam os mesmos
Então que ouçam a música de minha alma
Que o luto engula meu mundo
Os fieis descansam em seu rosário
E o mundo continua girando
É doce o veneno da vingança
Que em meus olhos não se cansam de jorrar
Mas o fim do jogo ainda está distante
Descanse em paz minha criança!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Chegou mais uma vez




Mais uma vez sofrer para crescer
Mas meu amor eu não vou te deixar sozinho
Por maior que seja meu sofrimento

Minha mãe me disse algo como aquela frase:
-Há males que vem para o bem.
E é nisso que eu quero acreditar hoje
Eu queria tanto ajudar
Mas eu não posso
Então apenas tento fazer o bem e espero o dia de amanhã

Eu preciso chorar, mas isso fere meu orgulho
Eu sou tão criança.
Toda vez que eu penso que estou bem
Que já me tornei uma pessoa melhor
Alguma coisa acontece só pra me mostrar que não é bem assim
Mas a merda de vida é assim

Mas meu amor eu sei como as coisas são
Sei que abaixar a cabeça não resolve
Mas eu ainda posso abaixar minha cabeça
Eu ainda posso sofrer pelos outros
Eu ainda posso me colocar no fundo do posso e passar a noite sem dormir

Eu me sinto sozinha
Eu não tenho amigos que me entendam
E não quero saber o que pensam sobre isso
Eu quero dormir

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

não desistir (?)



A garota que antes pensava na morte como solução para tudo
Hoje pensa em lutar, vencer e nunca desistir
O que ouve com a pobre criança?
Simplesmente agora ela tem alguém por ela
Ela está por alguém.
A vida tem um breve significado: Que vença o melhor!
Não, ela não quer vencer, quer apenas o ajudar a alcançar o melhor
A vida é curta, é breve, a saudade logo tomará conta de tudo
Como um oceano inundando sua cabeça
Porém é melhor uma grande saudade que uma grande decepção
Você consegue sentir o gosto da derrota quando perde novamente
Mas nós não iremos desistir
O mundo é pequeno perto de que eu tenho dentro do peito
Não jorram sangue pelos meus olhos
Mas deveriam, pelas porcarias que andam sobre tal mundo
Eu não me envergonho de existir, me envergonho da minha espécie
Que nada de bom faz
Me sinto parte dessa massa, mas ao menos não me sinto uma alegre ignorante

Eu amo, e com amor olho pro mundo, mas nem assim me agrado
Mas brindemos! Aos alegres ignorantes!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008




Não fui, na infância, como os outros
e nunca vi como outros viam.
Minhas paixões eu não podia
tirar de fonte igual à deles;
e era outra a origem da tristeza,
e era outro o canto, que acordava
o coração para a alegria.
Tudo o que amei, amei sozinho.
Assim, na minha infância, na alva
da tormentosa vida, ergueu-se,
no bem, no mal, de cada abismo,
a encadear-me, o meu mistério.
Veio dos rios, veio da fonte,
da rubra escarpa da montanha,
do sol, que todo me envolvia
em outonais clarões dourados;
e dos relâmpagos vermelhos
que o céu inteiro incendiavam;
e do trovão, da tempestade,
daquela nuvem que se alteava,
só, no amplo azul do céu puríssimo,
como um demônio, ante meus olhos.

Edgar Allan Poe.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

no final mais uma vez.



Pois é
Por um dia eu voltei a sentir aquela vontade suicida de estar morta como a poucos anos atrás
Mas nem tentei nada como antes
Talvez porque agora eu tenha motivos pra continuar essa merda de vida
e também eu sofro com a conseqüência de alguns atos até hoje
A alguns anos minha sorte foi não ter armas em casa
E achar que morrer sem sofrer eu não merecia
A dor física nunca foi grande coisa pra mim
Não tente achar motivos pelos quais eu fazia isso
Não sou uma idiota rebelde sem causa
Nem contarei coisas que não conto nem para mim pois fico maluca
Mas os falsos amigos continuam me julgando sem saber um terço da minha vida
Mas foda-se eles
O pior de tudo é o sentimento de solidão
Andar na rua de cabeça baixa pra esconder os olhos vermelhos e evitar as pessoas com pena
A vida deveria vir com manual de instrução
Ou no mínimo uma bússola para quando houver dúvidas
Pois é, a depressão é um pé no saco que volta e meia me atormenta
E que tento esconder, mas é inevitável
Viver não é pra mim

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

miss Alice misery.




Me sinto bem aqui.
É como se foste meu ninho, quente e seguro.

Alice me disse uma vez que se desejamos muito, com as luzes apagadas os desejos se realizam.

E cá estou eu. No meu ninho quente, escuro e pensando em Alice. Pois Alice me colocou em seus braços.
Eles me aquecem e protegem.

Te amo mais que o amor pode amar.
E assim não sinto o morrer dos dias.
Sua respiração me arrepia a nuca.
Tuas mãos me tocam suave.
Nada se vê, tudo se sente.

Maldita sois vós Alice! Não me deixaste ver!
E bendita sois vós por me fazer senti-lo.

Alice senhorita miséria.
Me trouxeste meu amor, mas não por inteiro.
Me trouxeste a vida, de um limitado.

Alice miséria, todos deviam ter um pouco de ti.

Agora vou dormir Alice, meu sonho acaba junto a luz da manhã.
E não falta muito.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Café




Em minha frente havia uma janela, daquelas com vidros escuros onde apenas quem está por dentro podia ver o outro lado.
Era manhã de quinta-feira, uma triste manha de quinta.
Fui até o balcão e pedi um café, eu tinha passado a noite toda andando pela cidade e suas praças, eu precisava de alguma coisa que me ajudasse a me manter em pé. Não faço idéia de que horas eram, mas sabia que era muito cedo pois aquele café bar havia acabado de abrir as portas, e era o único.
Sentei em uma das mesas que se encontravam ao fundo do bar. Bem perto das tais janelas que mencionei. Me senti confortável assim. Sabia que não me notariam e que poderia ficar a sós com meus pensamentos.
Enquanto sentia a fumaça perfumada do café, eu observava o mundo lá fora. Eu definitivamente não tinha mais força para viver, queria ficar alí para sempre. Mesmo sabendo que não seria possível.
Eu sentia uma dor imensa no peito acompanhada de um nó na garganta, mas minhas lágrimas já haviam secado, eu tinha as deixado pela cidade...
Não havia muito movimento na rua, mas em minha cabeça um turbilhão de pensamentos. Eu não sabia como pude deixar as coisas chegarem aquele ponto, eu não sabia como reagir, eu não sabia como prosseguir, eu não sabia mais de nada.
Fiquei algumas horas pensando no que fazer naquele momento. Definitivamente eu não queria mais sentir nada, não queria mais ver nada, fiquei horas sentado na mesma posição. Talvez a única coisa que mudara é quando o garçom me oferecia outro café e eu sempre aceitava. Café, hoje, meu único vício.

Já estava anoitecendo quando resolvi negar a bebida alcoólica que o garçom me oferecia agora, pagar minha conta e voltar a andar pela cidade. Já estava um pouco escuro, mas aquele bar começou a encher e me encher.
Andando pelas ruas acabei parando em frente a minha casa, as luzes estavam apagadas, eu sabia disso, mas como desejei que estivessem acesas, que ela estivesse lá dentro.
Eu não soube como pude fazer aquilo, eu poderia ter evitado aquilo, eu poderia ter salvado ela..

Entrei observei cada mobília me lembrando de cada momento que nós estávamos juntos,cada momento em que estávamos bem. Me sentei em nossa cama, observei a atmosfera gelada, ainda podia sentir o perfume dela por entre os lençóis.
Recostei um pouco no travesseiro acaricie como se fosse ela. Senti seu cheiro e assim adormeci.
Acordei sentindo um cheiro maravilhoso do café que só ela sabe fazer. Me levantei desesperado parei na porta da cozinha, a mesa estava posta, o café acabara de ser passado e o perfume delicioso dela no ar. Mas eu não a via.

E assim eu passo o resto de meus dias. Eu sei que ela está aqui, eu não posso toca-la, nem vê-la, mas ela está aqui, sempre cuidando de mim. E agora eu tenho de ser bom, para encontrar meu amor, quando eu deixar esse mundo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

resumos dos dias.



Allan Poe que me perdoe, mas seus contos me viciaram, tanto quanto a bebida a ele.
Tem me ajudado bastante a sair do meu mundo. E entrar em um pior.
A eu ando obscena, me sinto tão bem. É como a mordida de um gato.
Patética.

Eu não me sinto bem
Não quero consolo também não.

Eu não consigo acreditar em Deus. Vá agora me julge ... a vontade!
Mas vocês não são ninguém!

Parei de escrever porque ando fazendo esculturas
Nada demais, coisas como quadros escuros e plantas que sangram
Não pedí opinião de ninguém! Se você gostar você esta mentalmente doente.
Como eu.

Minha gata ainda possui os dois olhos.
Agora sei porque não devemos ferir aquilo que amamos.
Pode ser prejudicial a nós mesmos. Eles serão vingados.

Está ficando escuro.
Tenho que ir.
Vou ensangüentar mais uma mandrágora.
E te dar boa noite...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

sem tempo para postar.






Titulo mentiroso...
Não estou afim mesmo.
Mas queria colocar ess foto aqui.
Nhaa.. nao tenho que me explicar o blogger é meu!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

dor




Talvez esse seja o fim, ou o começo da minha depressão.
Eu não sei.
Sei que queria me repartir ao meio agora mesmo.
As vezes penso que nem mereço a felicidade,
é como um horizonte bem ao longe, tão distante de mim.

Eu uma pequena criança, permaneço ajoelhada por ele.
Observo a vida acontecer pelo lado de fora.
Enquanto por dentro de mim há um rio que não para de jorrar,
lamúrias sem fim, minha alma negra se engrandece
uma torrencial de tristeza sem fim.

Oh, como eu queria não existir,
só pra ver se assim eu me odiaria menos.
Eu queria tanto poder me desculpar, eu queria mostrar o amor que sinto.
Mas eu estou tão errada, eu destruí o mundo
Eu não sou mais nada.

Ele só queria saber o porque, que nem eu mesma sei
Eu só queria saber como fazer para parar essa dor
Só queria saber como faz para tirar aquilo dele, e ter ele bem pra mim

Vejo anjos desaparecer, ouço uma musica, observo a lua
Isso me ilumina
Carícias do vento
Tudo me mostra você
Onde eu mais quero estar
Ruínas de mim. E eu só penso no quanto te amo.

domingo, 10 de agosto de 2008




" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez"
caio fernando de abreu

Tento me engolir para me levantar, desespero toma conta mas nada mudou. Não mudou do lado de fora. No meu mundo o caos reina e eu não posso mais lutar, perdi braços, pernas, filmes, poemas, encanto, magia, livros, amigos, doçura, olhar... inspiração. Talvez chova, mas não ajudará. Preciso mergulhar um pouco mais em mim pra achar alguma coisa que valha a pena mostrar aos outros. Espero que o pouco que restou no fundo de mim ainda agrade. Espero que ele me perdoe por fazer esperar. Espero o próximo beijo não ser o último. Espero o tempo, pra coisas passarem e o impulso vital me mudar mais uma vez. Mas se eu tivesse dito não? Tenho certeza que seria diferente, mas eu estaria aqui triste por ter a felicidade nas não e não poder usá-la de imediato? Não. Estaria arrependida por não poder ser amada. Não estaria teria quem me fazer feliz. Não saberia o quanto os sentimentos dele por mim são verdadeiros. Não teria vontade de estar aqui.
Então só nos resta um pouco de paciência, o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade como elas acontecem (tenho lido), não há nada melhor do a sensação que sinto. Mas quando estou só essa sensação deixa de ser boa. Vira desespero. Mas passa.

(Me dê um tempo, depois volto a escrever.)


Estou com ele. A sensação está boa, escrever não quero. Não quero perder o sentimento.

“A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.” Fernando Pessoa

terça-feira, 22 de julho de 2008

bittersweet symphony.



E ficam todos quebrados
Estilhaços pelo chão
Eu nunca fui amante da indiscrição
Você consegue ver o que eu vejo?
Mas é manha e eu ainda nem vi o sol
E não sinto falta de nada.

Eu não posso viver sua vida
Mas eu desejo todos os dias
Estar um pouco em você
A fome me faz querer mais
Mas eu não sinto falta
Só um pouco de gula me atormenta

Você pode sentir o que eu sinto?
Quando você sonha
suas pálpebras se movem violentamente
Isso me assusta, eu fico em silêncio
Eu tenho tendência ao suicídio.
Mas não vou falar nada
para você achar que curou isso em mim

Isso te fará feliz.

Eu sou complicada da forma que sinto
Mas escrever é minha terapia
Você pode sentir com eu sinto?
Então não me julge.
Sou um pouco confusa e isso é apenas comigo
Não tente me barrar
Acabaria com tudo que resta em mim

Continue sonhando comigo bem
Mas eu não estou
E não vou falar nada
E eu peguei a única estrada que me restou inteira
E eu estou procurando meu modo
Meu modo de fugir de mim.

Eu não posso, mas eu vou.
Sair para me encontrar.
E eu me permito dizer o que me vier.
Serei eu novamente.

domingo, 20 de julho de 2008

dream on.





Tem dias que eu te sinto tão perto que se eu me inclino um pouco posso deitar minha cabeça em seu ombro
Eu não posso sentir um pouco de amor. Eu sinto todo amor do mundo por você.
Não isso não é mais um dos nossos blefes.
Eu sonhei noite passada...
beijos, carícias, braços, olhares, detalhes de que não quero me esquecer.
“O que você recebe não vai te matar
Mas cuidado com o que você vai dar”
Tentou num aviso,
mas eu já estou perdida nos meus sonhos
O que eu sinto já eu o suficiente para que eu viva.
Você que conhece meu olhar de alegria ou tristeza.
Eu já não mais sei viver sem você.
Eu sei que vou me destruir, mas não sou um ser humano como você
Mas eu gosto de te apreciar pelo lado de fora do jogo
Eu sei que com uma faca não posso me ferir
mas você não poder me olhar me coloca no chão
Sonhando ...
na verdade eu já me desprendi do caminho do meu corpo.
Mas eu ainda posso ver meu jogo perdido
Eu estou procurando por algo que me faça sonhar de novo
Eu não posso sonhar sem viver um pouco, mas posso viver sonhando
E é isso que eu faço, sem dar explicações.
Sim eu não tenho do que reclamar, eu não vivo as dores
Não exatamente.
Só me machuco quando estou sensível.
Já está noite e eu continuo meus erros
Por que não sei viver sem eles

E me ponho um fim assim.

dream on - depeche mode

quarta-feira, 16 de julho de 2008

idéias.




Brotando do começo.
O começo original.
De onde surgem todas as idéias insanas e apaixonadas.
Idéias não ruins e nem boas.
Idéias de um começo.
Um começo natural/real, não um recomeço.

Um começo original. Tenho dito!
Eu voltei a chorar.
Mas não vou contar de mim.

É pra falar das idéias.
Idéias de que me esqueci.
Puro fingimento.
Motivos inúteis para sentir a solidão deliciosa.

Entender tudo não é uma coisa tão legal assim.
Eu não entendo as idéias.
Mas elas são tão bonitinhas me pedindo para sair.
E eu não consigo resistir aquele olhar.

Eu não vou explicar.
Vou fazer tudo errado porque só assim me corrijo.
Vou ver o entardecer por entre as grades.
Vou esquentar minha gata no meu colo.
Vou dar valor as pequenas coisas.
Vou sofrer.

As idéias são pequenas tolas.
Elas precisam de um começo original para serem bonitas.
As idéias são minha compania musical.
As idéias originais são poesias ao vento.
Idéias .

Tenho dito!

sábado, 12 de julho de 2008

pois é.




“comentários:

Falar ou responder...
Tem diferença?
escrever...
Não se para.
É pior que o álcool... que a coacaína... que o sexo...
de escrever não se para.”


De escrever não se para, vício estranho. Mas eu concordo com isso.
Eu gosto de falar e responder.
Eu vou além do que as pessoas possam entender, simplesmente porque nem eu quero entender.
Eu ouço uma canção que diz: “Mas estou aqui em minha forma
Estou aqui no meu molde
Mas sou um milhão de pessoas diferentes
De um dia para o outro”
E eu me sinto assim, por isso faço tantas coisas e as destruo no dia seguinte
Eu me arrependo bastante e deixo de fazer , eu gosto de tentar de todas as maneiras ser alguma coisa além de eu mesma.
Eu me sinto uma criança.
Eu não tenho medo de morrer nem de sofrer fisicamente, o que tiver que ser será.
Eu posso mudar, mas eu gosto de ser assim. Não importa quem não goste.
Eu começo a entender as coisas da forma errada, porque me divirto mais assim.
Eu gosto de experimentar a ignorância, o desejo, o amor impossível com a ingenuidade de menina e olhar repleto de sentimentos.
Eu gosto de segredo, mistério, dor. A vida é muito curta para levar tudo a sério.
É noite e eu apenas que dormir. Mas vou ficar rolando na cama sonhando com besteiras que me farão felizes, mesmo não reais.
Mas esta noite estou mais feliz.
Eu voltei a escrever para mim não entender.
E eu adoro minha imaturidade para escrever.
Porque assim meus pensamentos nunca vão ter um final ou uma conclusão. Sempre mudando!

....sou um milhão de pessoas diferentes....

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O livro próximo



- Pegue o livro mais próximo de você.
- Abra o livro na página 23.
- Ache a quinta frase.
- Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.

"Berhard foi pressionado numa posição dolorosa com o tronco estremamente esticado, a cabeça voltada para baixo, de modo que dava de cara com o cesto de vime*, aquele lugar de onde ninguém jamias voltava para contar a história."


*O cesto de vime servia para que a cabeça após decaptada... fique lá dentro.

sábado, 5 de julho de 2008

um lixo ou O lixo.




Um lixo ou O lixo.
Me defina como você quiser
Depois daquela puta dor de cabeça que quase me matou, estou viva!
Mas ainda com um pouco de dor, o que já é de costume
Ai, como eu queria me desculpar dos erros que ainda não cometi
Porque sei que eles são inevitáveis
Eu não gosto das pessoas sabendo da minha vida
Por isso eu minto, e (me) enrolo pra caralho
Solidão boa mesmo é depois de um porre
Dá vontade de chorar por não querer ficar só, e mandar todos sumir
Eu sou uma completa confusão, nem eu me entendo
Mas assim que é bom, não me canso saca?!
Ai merda.
Eu quero meu amor.
Eu já menti para ele também
Mas é porque tenho que ter uma conversa com ele
Saco, vou mandar vocês a merda, mas é como meu amor diz:
-Vocês não vão! Eles nunca vão!
Eu não respondo mais recados, nem perguntas as vezes.
Eu não falo mais nada,
aprendi que o silêncio é uma bela forma das pessoas saberem seu espaço
Pessoas são pessoas, infelizmente, demoram ou não entendem certas coisas

São 6:35 e eu estou morrendo de vontade de ...
De alguma coisa que eu não sei bem o que
mas que me deixa muito mal-humorada
E amanhã é domingo. Domingo... Merda!
Eu realmente deveria parar de escrever.


Ouvindo ->No One Knows

quarta-feira, 2 de julho de 2008




Você está bonita esta manhã meu amor.
Disse ele enquanto ela acordava
Ele pegou o carro a estrada e seguiu o caminho
O caminho errado, perdido por dentro

Quando se está sozinho, não existe opiniões
Apenas escolha a fazer
E ele pensava em uma agora
Ele sabe que ela se importaria

Mas em sua casa, ela o esperava
E vai esperá-lo seguir seu caminho sozinho
Mas ele estava perdido por dentro
Ela temia ele não voltar, mas esperaria, sozinha

Era final de dezembro, e ele se lembrou que era natal
A neve não impedia ele de continuar
Conheceu muita gente em seu caminho
Mas ninguém que possa fazer ele se sentir como ela o fazia

Então sentou um pouco a beira da estrada
Olhou para os lados e viu pequeno anjos se destruindo
E viu que estava fazendo a coisa errada, mas não podia voltar
E em sua casa, ela sozinha esperava

Ele assistia a seus pequenos erros como se não participasse daquilo
Mas ele se lembrava dela e pedia desculpa todos os dias
Ele era um mero espectador de seu show
Claramente ele se lembrava que era preciso voltar, mas não podia

Então ele ligou.
Disse que não poderia mais voltar
Ela foi atrás dele, ela sempre estaria com ele
Ele ficou dias perdido em sua mente

Mas o amor dela o resgatava.
Ela o avistou vagando como um louco pelas estradas
A essa hora ela já sabia de todos os erros dele, mas perdoou
Ela não se sentia ferida, por saber que era superior a tudo

Então ele a viu.
Talvez a visão mais bela que ele já tenha visto
Ela correu em sua direção, como nunca, ela quis estar nos braços dele
Ele se pós em um choro incontrolável

Mas com um carro descontralado em sua direção ela perdeu a vida
Ele enfim correu em sua direção e pediu perdão, aquilo não poderia terminar assim
Eles deram o último beijo
Ela disse para que o desculpava e o entendia, que sempre estaria com ele.

Ela fechou os olhos e ele encontrou seu caminho
Ela sempre estaria com ele agora

d-_-b -> Coldplay - Violet Hill

terça-feira, 1 de julho de 2008

Desaprendi

Eu não sei mais escrever.
Eu não sei mais pensar direito.
Eu desaprendi a respirar.
E eu estou tão feliz.
Felicidade não me inspira.
Mas eu ouço minha musicas.
Nada que me cure.

Detonautas Roque Clube - Tô Aprendendo a Viver Sem Você

Audioslave - Like A Stone


Oasis - Don't Look Back In Anger

quinta-feira, 26 de junho de 2008

disfarce real




Ela disse para mim: não chore!
Mas quando eu olho, eu vejo coisas imundas.
E eu estou sempre devendo a minha mente uma resposta
Minha armadura tem frestas
Onde jorra sangue de picadas de formigas

Meus trapos estão espalhados pela sala
E tem uma pedra no caminho
Aponte está arrebentada
Eu não quero ver mais nada
Eu quero dormir e comer aqueles tais peixes sem sentimentos

Cobain você não me ensinou a ser especial,
como me ensinou a falar coisas sem sentido
E você fica me olhando
Eu não sei o que seus olhos querem me dizer
Você tem uma boca talvez devesse utilizá-la

Eu sou orgulhosa demais para chorar por coisas pequenas
Mas coisas pequenas são fortes demais
Hoje eu ainda tenho que viver
Eu quero dormir
Eu quero o que eles não querem, eu quero um disfarce real

d-_-b = > Nirvana - Gallons Of Rubbing Alcohol Flow Through The Strip

domingo, 22 de junho de 2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

My secret garden



Eu gosto de conversar com plantas
Eu acredito em fadas e seres mágicos ainda como uma menina, morro de medo e curiosidade
Eu gosto do sabor de fruta mordida
Eu não espero nada de ninguém além do bem-estar junto
Eu gosto de sentir saudades e acho lindo sofrer por amor
Sofrer por outra pessoa sem que ela sofra ou saiba é lindo
Eu gosto de queijo com pimenta
E de conversar com plantas, mas isso eu já disse,
mas não disse que amo molhá-las, podá-las e vê-las lindas e fortes
Eu gosto de conversar com amigos, mas isso todo mundo gosta,
mas eu não disse que amo molhá-los, podá-los e vê-los lindos e fortes
Eu gosto dos outros. Mas falo que não gosto deles, só pelo prazer da rebeldia
Só com o amor deles por mim é que posso gostar de mim
Eu gosto de amor.
Palavra doce que mais me parece doença, doença que faz mal e bem, depende.
Então talvez não doença, mas remédio. Porque depende da dose.
Eu gosto de música romântica, mas sou rebelde, pois elas são músicas bobas.
Mas eu ouço escondido de mim
Eu gosto da beleza dos outros. Eu gosto de beleza
Mas da beleza de Ser Humano, não gosto de artificial
Eu gosto de elogiar as belezas dos amigos-plantas
Eles ficam mais lindos
E me fazem rir, mas eu fico rindo com os olhos de quem vê a coisa mais linda
E eles vão ficando mais lindos ainda, e vejo-os se encher de brotinhos
E meu jardim fica lindo e as fadas vêem e pousam nas rosas
E eu me escondo para ver um mundo diferente
Um mundo com muito amor, musica romântica, fruta mordida , beleza e queijo com pimenta
Mas eu sou rebelde.
Meu mundo eu pinto de cinza nos prédios do desenho da escola
Eu gosto de preto, branco, bege, roxo e cinza
A mamãe disse que está estranho porque tem muito cinza
Eu gosto de cinza
Mas o céu está azul. Ninguém viu o céu azul?


d-_-b =>Extreme - More Than Words

sábado, 14 de junho de 2008



Eu ainda estou aqui.
Fiquei como você procurando aquela segunda chance
Eu não tenho uma razão para as coisas que faço
Eu só procuro algo que me faça sentir realmente bem
Mas eu não me sinto.
Se agente sempre segue o que deseja
Eu preciso prestar mais atenção nas coisas que desejo
Eu preciso de me sentir bem novamente
Me sentir bem de verdade
Tentar não correr atraz de ilusões
Porque as minhas razões são sempre as mesmas
E eu não sei até quando vou me agüentar

sábado, 17 de maio de 2008

realidade e sonhos, loucuras e malícias

Esta noite fui dormir um pouco mais tarde
Banhei-me em sonhos cheios de loucuras e malícias.
Mas ainda estava acordada.
Adormeci num misto de realidade e sonhos.
Sensação boa.

Hoje acordei com o desejo,
preferindo ainda ser sua
Acordei sentindo suas mãos
o teu perfume em minha pele

Hoje acordei com vontade de você.
De ouvir você falar
Acordei sentindo seu olhar
a sua respiração em um abraço

Acordei querendo você.
Só pelo bem-querer



Detonautas Roque Clube / Lógica

sábado, 10 de maio de 2008

faz de conta.




Por cada fio de luz anunciando o amanhecer
Por cada lágrima derramada nos últimos dias
Por nenhum pedido de desculpas
Por todas as musicas tocadas, ouvidas, sentidas
Por todas as palavras ditas
Por todas as canções de todos os pássaros
Por cada gesto de carinho
Por cada abraço um conforto
Por cada sorriso verdadeiro
Por cada ombro (e ouvido) amigo
Por todo faz de conta da minha histórinha cheia de príncipes encantados
Cheio de bruxas más, sapos que não viram príncipes, mas são engolidos
Por toda pedra no caminho.
Por todo sentimento, eu retardo o final feliz.

E guardo todas as folhas soltas numa caixinha preta
Que pode ser aberta a qualquer um em qualquer lugar
E não pode ser entendida
Basta você em mim acreditar!

Vocês fazem parte da minha história.

sábado, 26 de abril de 2008

"...cuspir meia dúzia de palavras falsas, apenas para fazer você se sentir bem com relação a mim. E em relação a isso, me sentirei um lixo..."





Eu não gosto de me explicar. Eu não consigo. Se você não me entende, não me aceita. Mas eu não posso fazer nada contra isso, a não ser cuspir meia dúzia de palavras falsas, apenas para fazer você se sentir bem com relação a mim. E em relação a isso, me sentirei um lixo. Então, prefiro não explicar porque falei daquela forma, porque eu rí daquele jeito, porque estou chorando. Não tem uma explicação lógica, eu faço que dá vontade. Meus sentimentos são involuntários, eles simplesmente pulam, para fora de mim. E eu gosto assim. Por isso não cobro explicações de você, não cobro pedidos de desculpas, não cobro que você se explique, e se me magôo e desejo meia dúzia de palavras falsas de você, eu deixarei isso bem claro.
Eu não gosto de pensar no futuro. Eu gosto de apreciar no presente e desejar muito os meus sonhos, porque eu não preciso correr a trás da maioria para que eles se realizem. Eles simplesmente acontecem, e tornam minha história muito mais interessante. Eu gosto de apreciar o presente, sofrer pelo passado... talvez isso seja um erro meu, mas quem poderá me julgar? Eu gosto de apreciar uma cama desarrumada, imaginando ele deitado alí, no sono mais profundo, pouco me importo com o sonho, o importante é a “presença” dele alí, nem que seja na minha imaginação. Eu gosto de olhar fotos antigas e chorar incontrolável a falta das pessoas importantes. E detesto que parem esses meus momentos, mesmo que utilizem palavras certas para isso. Pois para mim elas serão todas erradas.
Eu gosto de observar o corpo de mulheres bonitas na rua, sem nenhuma inveja, só para apreciar. E isso não muda minhas preferências. Para mim aquilo é apenas arte.
Eu gosto de música.
Eu gosto de me sentir amada. Eu gosto de não alcançar meus desejos malucos. Eu gosto de apreciar a vida, minha e dos outros, observando pelo lado de fora.

d-_-b => Another Brick In The Wall Part - Pink Floyd (as quatro versões)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

esta noite eu cansei.

Cansei de evitar polêmicas. Cansei de programar meus próprios passos. É tão bom o sabor da sua carne, sua boca, seu cheiro, mas hoje eu resolvi experimentar coisas novas. Sozinha na rua, nos becos mais escuros, nas festas mais malucas, nas ruas mais obscenas. Eu vou a caça de algo novo. Pode ser que depois eu nem acorde, mas isso não importa agora. Não se preocupe, quando puder, eu volto.
Hoje eu quero ser feliz como me der vontade. Pode ser que depois eu ache isso tudo uma bobagem, mas hoje eu vou procurar este sentimento. Não vamos falar daquelas coisas, eu sei que você acha que isso não é o melhor para mim, mas não me julge agora, pelo menos essa noite não. Se quiser pode me seguir, mas não me pare.
O mundo nos ensina a nos comportar, mas nós nos ensinamos a rebelar. Rebelar contra uma ordem de ninguém, de nós mesmos. Voamos contra o vento, para não chegar em lugar algum. Apenas pelo gosto da liberdade.
Eu tenho desejos guardados, promessas vagabundas, e o que os dois tem em comum? É que nenhum dos dois nunca serão realizados. Mas eu ainda vou atraz disso, me sinto menos perdedora quando morro lutando. Sou patética, mas há quem goste.
E sabe porque eu escrevo? Porque eu penso. E nenhuma pequena interferência vai poder modificar isto.
Hoje a noite foi boa. E só a lua que me acompanha.

domingo, 20 de abril de 2008

Agora alugara um quarto qualquer em um hotel . De fato, um que estava mais perto do abandono do que de qualquer estrela. Mas não pretendia ficar lá por muito tempo. Na verdade era só uma passagem. Em alguns dias ninguém se lembraria mais de seu rosto por alí.

No reflexo na parede, piscavam luzes vermelhas que entravam pela janela e incomodavam. Mas teria que se acostumar com isso também. Mas não era nada perto dos pensamentos dos últimos dias.

Sua arte era uma negação. Mas a seguia ainda assim. Era confortante escrever. Então escrevia, escrevia, escrevia. Procurava em palavras expulsar seus próprios demônios.

Em pouco tempo, começou a perder totalmente o ritmo e sede para escrita. Sentou na beira da cama com seu violão e procurou ali alguma coisa. Alguma inspiração. Algo que tornasse as letras mais fáceis. Mas depois de tanto tempo, a intimidade com aquele instrumento havia se tornado um reles encontro casual. De 3 a 4 notas corretas que se lembrava, só lhe restava o dedilhado enferrujado e pequenos trechos de algumas canções. Nada que ajudasse.

Procurou então sofrer um pouco, foi para rua, deu a cara-a-tapa, se feriu com pequenas faltas de afeto. Algumas coisas, apenas para ocupar um pouco o cérebro, nada viciante, um pouco de si, muito dos outros. E mais nada.

Agora olhava à janela do hotel. Uma música lhe chama atenção, na verdade um frase: “É inverno no inferno e nevam brasas / Por favor escondam-se todos em suas casas / Pois o anjo caído voa com novas asas.” Sentiu aquilo como uma indireta. Deu um sorriso maldoso de canto de boca. Como se fosse dar um soco, ou um beijo, na boca da quem disse aquilo. Jogou aquela droga toda fora e foi atraz de um resultado para aquela merda.

Foi atraz de uma salvação. Encontrou uma, mas tão na merda quanto ela! “-Gostei.” Única frase que lhe tomava os pensamentos agora. Encontrou olhos que lhe deixavam em transe. Um frio na espinha a cada troca de sorrisos. E algumas dores fortes que lhe tomavam em despedidas.

Mandou o resto pro inferno e resolveu aproveitar o que lhe fazia bem. O hotel já era. A vida já era. Pertencia a um filme, tinha medo apenas de que ele acabasse, o resto, o resto faz parte de uma vida de cão. O resto é resto. E a noite era apenas para quebrar colunas alheias em boa compania. A escrita, agora é apenas uma forma escrota de contar o que estava acontecendo. E ela ainda acreditava em anjos!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

my history








Eu procurava uma saída. Uma porta que me levasse para longe daqui. Para qualquer lugar que me faça sentir melhor.
Eu queria me agarrar na primeira mão que me aparecesse. Voar em assas que não fossem minhas.
Qualquer uma que me faça sentir melhor.
Mas quanto mais eu olhava, mais eu via a minha estrada. Era justamente a que eu não queria seguir. E ela sempre estava ali, na minha frente, não importando os desvios que eu fazia. Eu estava ficando louca.
E não tinha ninguém para me acompanhar naquele caminho. Não importa. Estava sempre sozinha. E sei que sempre vou estar.
Todos os dias eu procuro me desviar do meu caminho. Eu acabo na mesma merda.
Eu estava a ponto de desistir. Eu queria chegar ao fim, mesmo ainda estando na metade do caminho. Então percebi que isso seria mais doloroso ainda.
E agora eu estou no meu caminho. Não consigo ver o fim, eu não consigo olhar para frente. Eu ando olhando para baixo. O fundo mais fundo está logo abaixo dos meus pés. Mas este é o meu caminho.
E agora eu tenho que ir. Para lugar nenhum, eu ando, para chegar a nada.
Os minutos passando e eu estou parada. Mas ainda no meu caminho. Ele não é bom.
Eu passei anos a fio, esperando o fim, ou apenas algo que me faça sentir melhor, por mais tempo.
E finalmente eu conseguí olhar para alguma coisa diferente. Eu via todo o amor, todo ciúme, todo ódio, toda dor, todo carinho, toda decepção, toda a honestidade, toda a puresa, todos os meus sentimentos, todas as pequenas coisas. Eu olhava para o meu passado, não sei porque de alguma forma tudo estava em chamas.
Como uma forte vontade de fugir da minha realidade, eu me viro de costas e olho para frente. Pela primeira vez eu tive sede de viver.
Mas não tinha nada.
Eu estava em chamas.
Eu nunca fui especial, posso ver em meu olhos minha vida.
Era o fim.



d-_-b => My Way Or The Highway - Limp Bizkit

sábado, 29 de março de 2008

o ódio é uma arte.





Não existe interferências aqui.
Apenas lágrimas e uma forte dor por não ter muito o que fazer para concertar os erros.
Eu procurei algo forte em que acreditar.
Mas percebo que não consigo acreditar sem uns tapas na cara antes.
E os dos últimos dias não foram suficientes.
Eu utilizo e hipérboles tanto quanto uma quietude nata.
Não me basta de exageros, tristezas, palavras erradas, falsas esperanças, arrependimentos.
Não tenho forças para mais constrangimentos, tristezas, mágoas, para ser deixada de lado.
Também não aceito ser um segundo plano, por falta de opção, ou simplesmente uma pessoa legal.
Eu vou além do que se vê, da frieza brota minha inteligência.
Como da alegria brota algo do que se arrepender.
Acreditar nos outros é inútil. Acreditar em olhares, sorrisos, abraços e palavras afetuosas nem sempre é uma boa.
Encarar a realidade talvez sim. Mas eu me engano muito fácil.
Se esquivar das dores não é algo que faz crescer.
Você terá suas virtudes estrupadas e seus sentimentos sugados.
Talvez lhes permitam a malícia e uma dose extra-forte de sofrimento.
Entorpecentes te levam a loucura, mas não te salvam do abismo.
A rebeldia, a real rebeldia, nasce daí. Da falta. Falta de que mesmo, eu não me lembro.
Mesmo arrebentado, mantenha sua lealdade. Mostre aos hipócritas que você não é igual a eles.
Mas porra! Eu não sou leal.
Insamente suicida, eu busco algo que resgate minha vida nem que seja por segundos, me atirando de volta na merda toda.
Uma “over”-“dose” de sentimentos e eu já estou em extasy total.
Não “grado” de boas sintonias. Eu sou uma péssima sintonia ambulante.
A mágoa sugere o ódio. Ambos sugam o amor. E assim isso aparece em mim.
Não é vingança o meu remédio. Talvez a auto-flagelação junto ao auto-ego inexistente.
Me ajude a arrancar minha cabeça. Agora coma meu coração.


“Me bata quando eu estiver inconsente.
Te amo tanto que me dá ansia de vômito.”


d-_-b -> Nirvana - Aneurism

quarta-feira, 19 de março de 2008

um erro.




Oi. Isso é apenas um sonho. No máximo um erro.
Você tem medo de morrer? Ou tem medo do que vem após a morte?
Eu não tentaria descobrir se fosse você. Você acha que o pior já foi cometido, apenas por você ter nascido? Não se engane. Se destrua.
E por favor não seja tolo ao ponto de querer me enganar.
E cuidado, não represento perigo. Mas cuidado com que disser ou fizer, eu levo algumas coisas a sério demais.
E sua punição será da tal forma que você merecer. Não eu não irei lhe punir. Se não eu me punirei, apenas por te amar de mais. Prefiro me manter em defesa do que ir para o ataque. Você não? Mas o que posso fazer. Você não será para sempre sabia?!
Eu me sinto sozinha. As estrelas não brilham para mim. Elas brilham para elas mesmas. Você me magoa e nem percebe, eu sei que eu não mostro, mas um pouco de sensibilidade é tudo.
Por favor, enquanto isso se manter assim, não me toque.
Eu irei continuar sumindo, quem sabe desaparecer não seja uma boa.
Não deseje as credenciais certas para entender isso, que não é para ser entendido.
Você ouve as pessoas gritando e não faz nada, por que não há mais nada o que se fazer. É assim que é para ser. Não é para você entrar na minha vida e querer concertar tudo. Não peço ajuda. Eu gosto das coisas assim. Gosto de manipular as pessoas. Gosto de confundir-las.
Tire as vestes. Ela continua a mesma.

d¨.¨b ~> Rammstein

sexta-feira, 14 de março de 2008

desabafo_também não gosto mas é preciso.


Talvez eu seja mimada demais para entender que nem tudo que eu quero é possível e ainda assim ficar bem.
Talvez eu seja mimada demais para entender que não sou especial para ninguém.
Talvez eu seja mimada demais para ver quem Me ama não me amando, e fingir que não estou nem aí.
Talvez eu seja mimada demais para perceber e assumir que a omição é uma forma de mentira que eu pratico.
Talvez eu seja mimada demais para perceber que o jogo está perdido ou que não existe nenhum jogo.
Talvez eu seja mimada demais para tentar ser uma pessoa melhor.
Talvez eu seja mimada demais para assumir que amo meus erros.
Talvez eu seja mimada demais para perceber que quero mais os outros para mim e menos de mim para os outros.
Talvez eu seja mimada demais para ser egoísta, ou coisa assim.
Talvez eu seja mimada demais por querer comer seu coração.
Talvez eu seja mimada demais para me arrepender.
Talvez eu seja mimada demais por me sentir bem em não ser o centro das atenções.
Talvez eu seja mimada demais para não suportar colecionar amigos.
Talvez eu seja mimada demais por não querer ser cópia de ninguém e ainda assim ter amigos.
-Mãe! Talvez mimada não seja a palavra certa.

domingo, 9 de março de 2008

obrigada.
magoada o suficiente para não escrever.
novamente não sou nada.

sexta-feira, 7 de março de 2008

não pense.








Você irá me julgar se eu subir naquele palco e mostrar meus seios?
Você irá me julgar por eu não ser tão vulgar.
Você gosta de fazer isso comigo.
E eu gosto de te odiar.
Você irá me julgar, por dar a outros homens a liberdade que eu não te dou?
Você irá me julgar, me magoar, nos divertir, se irritar.
Eu não acredito que essa seja minha sorte.
Mas eu gosto de me julgar.
Eu estou sempre virada para dentro, você cale a sua boca, você fala demais.
Eu escrevo compulsivamente sobre tudo dentro de mim.
E eu sei que isso te incomoda.
Você não me entende e se perde em cada linda, em cada abraço meu.
Você procura meu coração, eu de dou a mão, se faça por satisfeito.
Você acredita que eu estou sendo sincera com você?
Eu não consigo mais me manter desligada.
E você olha para mim e olha para você, parece não acreditar, estamos juntos de novo.
Isso para mim é pura diversão, eu gosto de testar todos os sentimentos.
A musica acabou, mas começa outra, essa é mais rápida, ele grita, grita, grita.
Ele é mais belo que você.
A hora acabou mas eu não vou embora, não mais.
Isso não é para você compreender, eu tenho esse dom.
Para de me olhar cassete!
E hora de ir, mas eu vou continuar rindo de você.
Café, você precisa de café, você é muito devagar, muito desligado. Eu costumava gostar assim.
Mas você! Continue olhando para mim.
Você não vai querer saber o que mais eu faço de melhor.
Caiiiiindo e tudo continua girando, gritando e eu continuo me alimentando.
Eu deixo você por um minuto e é isso o que você faz por mim.
Sei que não sou nenhuma santa, mas eu também ouço comentários sobre você.
Eu vou embora, volto, a hora que eu bem entender, nunca soube lidar com pessoas.
E não quero mais sua liberdade que é minha.
Se continuar assim, eu desejo que você morra, mas morra por mim.
Você acha que eu gosto dessa situação?
Vai pro inferno você.


d¨-¨b => Nirvana - Bleach (1989)

quinta-feira, 6 de março de 2008

tapete de pele.







Aqueles olhos arregalados de medo que me dão medo.
Se a lei da selva é que vença o mais forte. Então ela foi tola e fraca.
Assim como pseudos e pagantes, mas então porque eles não são mortos?
A arte de diminuir os outros só serve para auto vangloriar a nós mesmos.
Eu me esfarelo em meus pensamentos.
Quanto mais penso mais me canso de mim, das minha atitudes, das minhas idéias.
Talvez seja por isso que nós vivemos numa incansável busca pelo outro.
Uma busca por alguém que nós complete, seres menos estúpidos que nós mesmos.
Amamos e desamamos com facilidade, já que assim nos aumentamos com o sofrer dos outros.
Somos todos estúpidos-graciosos. Facassados-vangloriosos.
Disparamos contra o sol, fortes e por acaso, com metralhadoras cheias de mágoas.
E o tempo não para.
Eu agora quero mais de mim e menos dos outros.

quarta-feira, 5 de março de 2008

isso nem merece título.

Abro o os olhos, já preferindo não ver.
Crianças feridas, drogadas, prostituídas, feridas fisicamente e mentalmente nas ruas.
Tenho repulsa e vergonha de usar minhas roupas, de ter minha casa.
Enquanto outro não tem. Nada.
Fingimos não ver, agimos com nojo.
Seria justo? O que é justo?
Não adianta cobrar do governo, reclamar do sistema. A mudança deve começar por nós mesmos.
E nós fugimos dos problemas da sociedade, em vez de querer melhorá-la.
Queremos melhorá-la sim. Mas só na frente dos outros, da boca para fora.
Para fugir disso tudo, dos problemas dos outros, resolvo ligar a tv.
Vejo coisas piores ainda.
Guerras, crianças mortas.
Dizer que quem mata são as armas de fogo é uma tentativa inútil de acobertar a própria e fudida raça.
Quem está por de trás destas armas são pessoas. Diretamente ou não.
Mas todos temos culpa de alguma forma.
“Chocada” e mais ainda sem forças para mudar o canal da tv, continuo assistindo aquela barbaridade.
Grupos comemorando por ter atingido e invadido uma cidade. Morreram milhões.
E as bombas, bombas, estão em minha cabeça.
Será que eles se lembram que mesmo que aquelas pessoas não estão com opiniões iguais a elas, que estes mortos e feridos, são pessoas, como eles?!
Indignada desligo a tv, como se assim pudesse não fazer parte do mesmo mundo que eles.
Vou ouvir musica, comer, e com pouco tempo já esqueço aquilo tudo.
Sou apenas mais uma dos hipócritas.

d-_-b ~> The Cranberries - Zombie

segunda-feira, 3 de março de 2008

por entre as persianas





Por entre as persiana eu vejo um outro mundo.
Não, ele não é igual ao seu.
Meu mundo é em preto e branco, com as listras brancas-amareladas das persianas.
Não, eu não coloco meus dedos entre elas para as entreabrir.
Eu paro um pouco em cada ponto. Em cada vírgula.
Eu ouço a voz de uma mulher em meio a fumaça.
Ela declama meus pensamentos.
Aqui as pessoas são intensas.
Os olhares são sempre significativos. Todos eles.
A naturalidade é nata. Assim, segue a individualidade.
E de vez em quando aparece um cinsa por meio a essa bagunça.
Agora os bares servem apenas para beber.
Não existem sorrisos.
Não existem galanteios.
Não existem pessoas boas ou más.
Elas são tudo isso e muito mais em um grau mais, bem mais elevado.
As baratas, os ratos, eu não sei se morreram todos ou se eles se esconderam covardes.
Animais eu já não vejo a tempos, mesmo ates disso tudo ficar assim.
Os gatos foram os que duraram mais, se tornaram pessoas.
E cada vez mais independentes.
As formigas, foram esmagadas, esse mundo não é para pequenos.
Assim se foram os grilos, outros insetos e crianças.
Observo minha roupa.
São retalhos. Rasgados. De um pano preto de pequenas bolotas pretas que formam círculos.
Não existe mais sol, apenas uma luz, não muito forte, não muito quente.
Mas o suficiente para manter alguns de vestidos, outros de casacos.
Meu reflexo pelo espelho da janela, não mudou muito.
Estou mais branca, despenteada, muita maquiagem preta borrada.
As persianas estão rasgadas e sujas, mas não me incomoda.
Meu aspecto de abandono não é feio ou mal visto. Todos estão assim.
Eu não sinto fome ou sede.
Apenas uma sensação de bem estar misturada com amor e tédio.
As pessoas não conversam, apenas se olham, não é exatamente uma comunicação.
Todos estamos machucados, como últimos sobreviventes de uma guerra.
Apesar da sujeira da poeira, não há nada muito quebrado.
Apenas algo como uma degradação do tempo e o abandono.
Não sentimos sono, assim como não sentimos nenhum incomodo ou dor.
Não há o que pensar, apenas observo.

domingo, 2 de março de 2008

eu denovo.





Voltei da abstinência forçada a escrever textos. Resolvi voltar a escrever sim! Com a mesma intensidade que sempre tive. Uma vontade de pensar e traduzir em palavras que não vou mais deixar escapar. Acabei de ver um vídeo no blog da Leandra Leal e como lá disse: “A intensidade é uma doença contagiosa/ E eu não concebo a vida sem contágios(...)”.
E o que me forçou esta abstinência? Eu mesma. Nunca gostei dos meus textos por mais de 4 horas.
Dizem que agente sangra só para saber se está vivo. Não fiz muito diferente disso. O ser humano é mesmo um ser complicado. Criamos formas de nos castigar pelos nosso erros, que as vezes nem são tão graves. Depende apenas de um ponto de vista. E quando caimos neste erro novamente, á (!) que sensação boa! Rebelados contra nós mesmos, contra nossos conceitos de certo e errado. Horas depois vem o arrependimento, essa é a rotina. Eu gosto dela.
Ao mesmo tempo que me retirei da abstinência de escrever, resolvi parar de fumar, vivo minha passividade bem, até chegar a ficar extremamente chata e nervosa. Mas sou muito nova, qualquer tempo que eu fique sem fumar já é algo bom para mim.

Acho que já tenho um segundo filme favorito, e não é de terror! Nome Próprio!
Sim!
Em sou bem antecipada. Por isso me decepciono.

sábado, 1 de março de 2008

Sobre mim.






Pensei em várias formas de como começas isso. E também formas de como não começar. Não vou falar em datas, idade, pessoas específicas. É para falar de mim.
Acho que não vou conseguir dividir em grupos, tanto quanto não vou conseguir reescrever qualquer coisa. Como então começar? Vou falar um pouco de minha manias. Hábitos se preferir. Eu costumo roer unhas compulsivamente, lavo muito as mão, fico olhando para portas ou saídas, mesmo enquanto escrevo ou enquanto converso. Não, isso não está bom.
Vou falar estão um pouco dos meus gostos. Gosto de Pin-ups, de escrever, de gatos, de chuva, de rock, de cabelos e mãos, gosto de dormir, gosto de morder pessoas que gosto, gosto de tentar adivinhar o que pessoas que eu não conheço estão pensando, de fotos em preto e branco, de blogs. Não gosto de cães, pessoas teimosas, frescuras, perguntas com aviso-prévio. Também detesto verduras. Adoro ler textos e descobrir a vidas de pessoas que desconheço, sem que elas me contem diretamente suas vidas. Gosto de criar mundos e ser outras pessoas e viver neles. Não de escrever e que as pessoas pensem que foram indiretas. Gosto de abraços, olhares, bancos, praças, silêncio, preto, vermelho, azul, banco, cinza, marfim e veludo. Gosto de quadro, impressionismo, mas não de arte abstrata. Gosto de chiclete, pirulito, pipoca, química, detesto física, adoro fazer exame de sangue, adoro ficar sozinha. Fico melhor com um amigo do que com vários. Sou muito dramática, e grossa com a mesma intensidade (ou insanidade) com que consigo me apaixonar facilmente e desapaixonar mais facilmente ainda. Me engano e fico confusa e/ou perdida com freqüência. Gosto de coisas de época, de Nirvana e seus telhados com gatas azuis, pijamas yello blue, Dos Smiths, Eliotts Smiths, Marilyn Mansons e Ramones.
Gosto de comer, emagrecer e de ser querida. Gosto de ser mulher. Não gosto de discussões, esportes, samba, futebol, mentes fechadas , de fachadas. Prefiro que desconhecidos leiam meu blogger, detesto cobranças, covardia, políticos, analfabetismo, violência e seu filmes, guerras, miséria, pré-conceitos, atrasos de vida. Adoro estilos próprios, individualismo, pessoas que pensam.
Adoro paixões impossíveis, falta de vergonha, consideração, educação, segredos, água, frio, inteligência. Detesto críticas, rebeldes sem causa. Adoro a mim e a meus mistérios, detesto pressa, detesto a mim. Gosto de maquilagens, travesseiros, pessoas, observar, de detalhes, de lua, sorrisos verdadeiros, de lembranças, de caretas. Gosto de opiniões não formadas, cheiros, vozes, espirros, bocejos, cemitérios, bibliotecas, locais vazios. Momentos. De não ser um expert em nada. Gosto de ir vir na vida das pessoas. De conquistar, mais que ser conquistada. De colo de mãe. Gosto de I Just Don't Know What to Do With Myself 's, de How Soon Is Now (Italian William) 's , de oh me! 's , de between the bars 's, de That's The Way (My Love Is)'s. Gosto de falar de mim. E depois mudar tudo o que disse.



sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

.






Seus olhos procuravam incansáveis algo em que se fixar. Senta a janela do ônibus e observa atentamente a cidade, o compassar descompassado das pessoas caminhando, a correria, os outdoors, as luzes, as cores. E observava aquilo tudo com olhar julgador, os sorrisos eram tão escassos que chegou a imaginar que a importância de uma foto não é a beleza, e sim eternizar um momento de felicidade já que se é uma coisa pouco vista. Chegou a notar alguns olhares em sua direção, mas os ignorava agora.
Turbilhões de pensamentos, e ainda ficava tentando imaginar a vida de alguns. E se lembrava de sua própria vida. Problemas , procurava esquecer, pelo menos os seus, pelo menos agora.
Sentia até mesmo um certo desconforto em pensar que poderiam estar tentando imaginar seus pensamentos, é bom poder se reservar ao menos eu seus próprios pensamentos.
Se tortura ao pensar que poderia estar errando, um suspiro e tentava voltar aos outros a sua volta.
Pensava na noite passada, o cheiro ainda estava em sua pele. E as lembranças de coisas que aconteceram e de coisas que gostaria que tivessem acontecido, se misturavam formando um aperto no peito.
Toda vez que fechava seus olhos, lembrava daqueles outros olhos, verde-azulado-avermelhado.
Desceu e sentou-se na primeira mesa que viu no canto mais escuro do bar. Fumou como se aquele pudesse retirar tudo de dentro de si. A escuridão agora não lhe atrapalhava, podia ver perfeitamente todos e pouco podia se ver de sua mesa.
Alguém se aproxima e senta eu sua mesa, diz alguma coisa mas a musica e o burburinho não permite ouvir uma voz em tom tão baixo. Em fim, olha quem era aquela pessoa ousada, por um momento chega-se a ver os olhos verde-azulado-avermelhados, não consegue mais enchergar quem é. Mas a pessoa se volta e diz “- a lagoa é sua!” .
Estava espandada agora, era novamente aqueles olhos, e tinha certeza. Não disse nenhuma palavra e o impressionante estranho se levanta e diz: “-Agora vamos !". Os dois deixam o bar. Ela não pensava mais em nada.


d-_-b => How Soon Is Now (Italian William) - the Smiths





Ele fica lá sentado do outro lado da rua,
com o skate numa mão e uma história de vida para poucos, na outra.
Ela o observa atentamente, mesmo de longe
as vezes ele a assusta, ela é misteriosa, por mais que conte da sua vida, ela continua com aquele ar.
Sabe-se que ela não contou nem a metade. E não contará.
O que os dois tem em comum?
A capacidade de impressionar e afastar as pessoas, mas não é um afastar de corpos, um afastar de mente, uma coisa única que se aprende após se sofrer muito.
Os olhares valem muito mais que palavras, eles também já sabem disso.
Cigarros agora são proibidos, ao menos neste último momento.
Ela se preocupa muito com as opiniões dos outros. Mas não admite que procurem outra dentro dela.
Ela tem nojo de si mesma, de suas idéias, ele gosta de estar sempre certo.
Ela não o ama, não mais.
Outro veio e lhe propôs um sentimento que ela não conhecia, em troca ela lhe entregaria o seu coração.
Agora este outro ocupa os pensamentos mais sangrentos dela e ela ainda não compreendeu o sentimento. Mas gosta.
Isso seria errado?
E quem disse o que é certo ou errado?
Ele fala em ética, mas ética e uma coisa relativa, como ele pode ter tanta certeza das besteiras que fala.
E todo dia o mundinho dela desmorona, assim como todos os seus sentimentos, alterados, corrompidos, infectados.
O outro agora diz precisar ir, mas deixa o luar e a lagoa, assim como os beijos cheios de sangue que ela tanto gosta. Ele sabe que assim ela não o esquecerá. Nunca mais.
Mas quem a tem?
Por inteira... ninguém.



sábado, 23 de fevereiro de 2008

Silly Girl




Choro escondido, escondendo de mim mesma meu próprio choro.
Sou tão egoísta e não ao mesmo tempo.
São tantos eus, mims. E na cabeça nenhuma real preocupação comigo, está tudo guardado no coração.
É mais ético, sensato, saudável se preocupar com os outros atrávez da razão.
Sim, eu realmente sinto aquela música como se fosse para mim. Acho que é a forma como ele me vê.
Ele sempre aparece nos meus textos. Mas ele é tão irreal quanto dizer somente verdades. E ele muda. São vários eles. E não é ninguém. E eu amo ele, e em todas as suas formas, pessoas, e em todas as minha imaginações.
...So if you're lonely why'd you say your not lonely
Oh your a silly girl, I know I hurt it so...

Palavras, são apenas palavras. Suspiros, olhares, musicas, flores, sorrisos, expressões, silêncio, abraços, mãos, inquietude, cores, sentimentos... Essas coisas e algumas mais dizem mais que palavras.
Se falta alguma coisa?
Sinceramente não, do fundo do meu coração, não me falta nada. O desejo ocupa os espaços em branco, mas o desejo não me domina, não me muda em nada.
Ele é tão romântico quanto minha chícara vermelha e branca , cheia de café ou chocolate no frio. Sim, ele é assim. Eu gosto disso assim. É todo fingimento, finge não se importar, mas eu sei que é só uma arma para afastar a tristeza. Todos temos armas para alguma coisa. Apesar de eu não gostar, também tenho as minhas.
Talvez só eu o veja por esse lado, talvez nem ele saiba que tenha esse lado. E quando eu não respondo é porque achei bonita a forma dele falar. Eu me lembro dos outros, ele é tão diferente, ele talvez foi o único que conseguiu prender minha atenção por muito tempo. Ele é o único que eu vou custar a esquecer. Ele é o único que me inspira. Ele ouve musicas bonitas.
Ele não me ouve quando é para ouvir.
Ooh woo.
...So if your lonely, why'd you say you're not lonely
Oh your a silly girl, I know I hurt it so
It's just like you to come and go
And know me, no you don't even know me
Your so sweet to try oh my, you caught my eye
A girl like you's just irresistible...

O português é muito pequeno para os meus sentimento.


d- -b = Whistle for the Choir – The Fratellis

domingo, 17 de fevereiro de 2008

não nos tornamos n a d a .

.







Talvez eu realmente goste de te ver assim, pequeno deste jeito
Tenho ódio dessa história de não poder usar certas palavras por serem impróprias
A censura é burra, olhe garoto, eu gosto de palavras... escrotas
Talvez eu esteja bêbeda demais para mostrar opiniões formadas
Mas eu sei que você gosta disso

É bonita a visão daqui não é?
Me lembra minha mãe, ela gostava de ficar aqui em cima olhando as luzes da cidade
Elas piscam, piscam, piscam. Acho que estou adormecendo
Mas minha mãe concerteza não olhava aqui com a mesma intenção que nós

Por que será que nós temos desejo de engolir tudo aquilo
De reconhecer cada esquina, como se a vida acabasse amanhã
As vezes nós somos tão profanos, imundos.
O padre me disse isso uma vez,
acho que ele desejava que quando aquela bela garota crescesse
que não se tornasse como a maioria.
Não me tornei.

Acho que no fim, no final de toda sede, de toda busca,
não nos tornamos n a d a .
Buscamos uma verdade, que é dita, mas não há provas concretas.
Eu ouço músicas no meu interior
e elas mudam tal como minha busca por qualquer coisa
elas mudam de acordo com que minha opiniões mudam

Garoto teus olhos, parecem tentar me entender.
Não tente. Eles são tão bonitos. E eu tão confusa
Não diga que me entende para me agradar. Não agrada.
Seu olhos tem cores lindas, combinando numa sinfonia triste profunda
e uma alma iluminada que me encanta e me atrai.

Somos tão jovens. Não queria perder isso que é tão bonito.
Mind Over Time – Interpol, essa é minha música no momento
Agora queria entrar nessa sua mochila para você me levar para aonde for
Você é bonito

sábado, 16 de fevereiro de 2008




Eu vou me manter apaixonada por mim mesma. Porque sofro erro muito amando você. Mas eu te prometo que isso não me fará esquecer. Porque você melhora meus dias. Sou muito mais do que parece, antes você sabia disso. Esta é minha mascara, minha forma confundível, irreal, de me manter bem. Eu não sei o que você fez em mim, mas eu te peço que por mais que eu sofra, por mais que você não entenda, que você não retire isso. É minha forma de amar. Uma música é pouco para nós.
Eu sou puro sentimento por dentro. Talvez isso um dia mude, mas enquanto isso não acontecer, te peço que não me entenda. Me escute. Me dê aquele último abraço e o adeus. Lembre-se: eu sempre olho para trás.
Você pode não me conhecer mesmo de olhos fechados, mas quem disse que isso é essencial?!? O essencial nós já temos.
Não me peça desculpas, não me peça nada, eu entendo o silêncio melhor do que ninguém.
Talvez nosso sonhos nunca se realizem, mas se tivermos um ao outro eu me sentirei melhor. Não respondo por você.
Olhe para o céu e me diga o que você vê. Eu vejo um universo muito maior do que qualquer distancia. Talvez se afastar não tenha sido uma boa idéia. Me sinto só.
Agora olhe novamente, esta noite não tem lua, mas eu sei que ela está em algum lugar, te esperando para admira-la. Eu também te espero.
O quanto cedo é agora? Não ainda não é tarde. Você gosta de New York? Fotos em preto e branco talvez. Não isso não é loucura, talvez uma forma de ficar para cima a noite toda
As coisa que você poderia fazer, você não vai, mas deveria
O potencial que você terá e que nunca verá
As promessas que você apenas fará