sábado, 27 de junho de 2009

everything that makes sense





Acordou novamente uma manhã de chuva. Olhos inchados, machucavam com a luz. Luz que outrora confortava com carinho e calor. Agora não mais. Não mais calor, não mais conforto, não mais vida, não mais paz.
Dormir agora voltou a ser fuga, fugir da realidade cortante. Mas os pesadelos ainda não cessaram. Sentimentos escondidos novamente, reaprender a sofrer de boca fechada.
As plantas lá foram já não a reconhecem mais.
Ser forte não é não sofrer. Aprender com sofrimento não é ser alegre. Ficar calado não é consentir/não sentir. Ser frio não é não chorar compulsivamente.
Todo dia ela implora a uma força qualquer, para que um dia ela possa respirar novamente. Ela procura uma saída, e cada vez mais encontra solidão. Ela não quer amigos de momentos, ela quer alguém que viva por ela. Ela esta magoada, mas nunca você vai ouvi-la dizer.
O café esfriou e ninguém veio. A cama abriga um mar de lágrimas. E ela continuará chorando todos os dias. Ninguém ensinou ela a viver sem...
A porta da frente se fecha mais uma vez, mais um dia, de sol por fora. Dentro só a chuva. Ela já não consegue mais esconder.
Ele havia lhe falado algo sobre mudar, mas ela não quer mudar sozinha. Então ela continua esperando por ele, ela esperará eternamente.

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