terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Fim-de-tarde




É um fim-de-tarde cinzento e quente, o sol já se pôs.
Um dia ruim. Não pela chuva fina, não, o tempo não tem culpa de nada.
Um dia ruim, apenas. Daqueles que quando chegam na metade agente pensa que deveria ter ficado dormindo.
Perdoem meus erros nessa escrita, não sou uma escritora. Nem pretendo ser.
Eu só quero escrever um pouco, o que for saindo é isso aí.
Mas não consigo fingir de garota doce, então perdoe também se sair algum palavrão.
Essa tarde fui andar um pouco sozinha, é um costume.
Andar sozinha pela praça, é uma coisa que amo fazer, mais que fotografar.
Não estava com minha câmera, mas voltei lá outro dia só para tirar essa foto que está ai.
Foi me deitando na calçada que a aconsegui.
Claro com pessoas olhando, folhas e formigas em minha roupa e meu cabelo ficando uma bagunça.
Mas como é bom olhar para o céu por entre as copas das árvores.
Ainda caia uma chuva fina, não estava exatamente na praça, importa que era a visão mais confortante dos últimos dias.
Tenho muitas recordações deste lugar, algumas boas e algumas que queria esquecer.
Mas ainda é um lugar gostoso e confortante.
Exatamente, deitar no chão da rua perto de uma praça tranqüila é maravilhoso.
É engraçado como agente só descobre o verdadeiro prazer nas coisas pequenas,
pode ser que isso só aconteça comigo, mas eu não ligo.
Eu não vejo graça em festas animadas, gente maluca, bebida, cigarros, carros, suor, etc, etc, etc.
Sim, já vi graça nessas coisas, mas dura tão pouco, logo no outro dia de manhã fica um vazio que nada preenche.
As coisas pequenas não, elas estão lá, basta você procurar dentro de você.
Coisas pequenas tornam o dia ruim, em maravilha.
Eu procuro as coisas pequenas e me encontro.
Minha tranqüilidade está lá, longe de onde vocês possam ver.
Pois eu só sou eu, quando estou dentro de mim.

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