domingo, 17 de fevereiro de 2008

não nos tornamos n a d a .

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Talvez eu realmente goste de te ver assim, pequeno deste jeito
Tenho ódio dessa história de não poder usar certas palavras por serem impróprias
A censura é burra, olhe garoto, eu gosto de palavras... escrotas
Talvez eu esteja bêbeda demais para mostrar opiniões formadas
Mas eu sei que você gosta disso

É bonita a visão daqui não é?
Me lembra minha mãe, ela gostava de ficar aqui em cima olhando as luzes da cidade
Elas piscam, piscam, piscam. Acho que estou adormecendo
Mas minha mãe concerteza não olhava aqui com a mesma intenção que nós

Por que será que nós temos desejo de engolir tudo aquilo
De reconhecer cada esquina, como se a vida acabasse amanhã
As vezes nós somos tão profanos, imundos.
O padre me disse isso uma vez,
acho que ele desejava que quando aquela bela garota crescesse
que não se tornasse como a maioria.
Não me tornei.

Acho que no fim, no final de toda sede, de toda busca,
não nos tornamos n a d a .
Buscamos uma verdade, que é dita, mas não há provas concretas.
Eu ouço músicas no meu interior
e elas mudam tal como minha busca por qualquer coisa
elas mudam de acordo com que minha opiniões mudam

Garoto teus olhos, parecem tentar me entender.
Não tente. Eles são tão bonitos. E eu tão confusa
Não diga que me entende para me agradar. Não agrada.
Seu olhos tem cores lindas, combinando numa sinfonia triste profunda
e uma alma iluminada que me encanta e me atrai.

Somos tão jovens. Não queria perder isso que é tão bonito.
Mind Over Time – Interpol, essa é minha música no momento
Agora queria entrar nessa sua mochila para você me levar para aonde for
Você é bonito

Um comentário:

Unknown disse...

Nascer dói pra caralho.
Mas não digo nascer, nascer do próprio ventre. Nos tornarmos nós mesmos.
Não nos tornamos nada ouo nos tornamo nós mesmos?
às vezes parece que mudamos tanto apenas para continuar a mesma pessoa...
O que mais quero é me tornar eu.
Ser meu pai, minha mãe, meus irmãos.
Saber que sou o resultado de mim, miha vontade que às vezes passa pela cabeça, às vezes pelo coração, às vezes por nenhum ou os dois.
Mas me tornar eu.